UMA QUESTÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO
No último dia 16 de janeiro, domingo, eu e o amigo Marlon Luã resolvemos subir a Pedra do Touro (o lajedo que leva à Pedra do Touro), aqui em Queimadas, com um objetivo louvável: procurar limpar, o máximo possível, a parte superior da pedra. Algumas áreas, inclusive, um tanto quanto perigosas. Um trabalho que incluiu, principalmente, a coleta de garrafas pet, vidros, latas e uma infinidade de plásticos em geral.
Aos amigos que recusaram o convite ou mesmo que não puderam vir conosco, acompanhar-nos nessa nossa jornada voluntária, gostaria de lembrar-lhes que vocês se livraram de uma boa!
Entre as 10h00 da manhã até às 14h00, debaixo de um sol fortíssimo que não nos dava nenhuma trégua, catamos lixo suficiente para enchermos um saco enorme, o qual foi especialmente confeccionado para esse fim. E apesar das dificuldades e dos obstáculos naturais que encontramos pelo caminho, como as temíveis urtigas e “unhas de gato” de toda espécie (por sorte, não há cobras nessa área), eu e o Marlon não reclamamos em momento algum.
Algumas poucas pessoas que apareceram por lá, entre outras coisas, elogiaram essa nossa iniciativa. E isso, acredito, já foi mais que suficiente para darmos por concluída a nossa parte.
Resta agora esperar que as pessoas, que costumam subir a pedra para contemplar a paisagem e todo o seu belíssimo visual, usem mais a consciência e não sujem tanto aquela área que é de todos. E que as mesmas mãos que levarem uma garrafa lá para cima, também procurem descer com ela e a coloquem, de preferência, no meio do lixo reciclável.
A seguir, o passo a
passo de uma atitude ecologicamente correta:
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Visão panorâmica do início da subida à Pedra do Touro |
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A parte superior já pode ser avistada deste ponto |
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Uma combinação perfeita entre beleza e equilíbrio |
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Esta é a real Pedra do Touro, onde, segundo consta, ainda se pode observar alguns
resquícios de pintura rupestre, apesar de tanta pichação à sua volta. |
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A poluição visual causada pelas pichações é, na verdade, a pior praga existente
em toda essa área. |
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Esta era a visão mais comum encontrada ao longo da subida, um verdadeiro
descaso com a natureza. |
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Pouco a pouco a limpeza foi predominando e revelando ainda mais as belezas do lugar |
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Havia lixo espalhado por todos os lugares. Mas, com paciência e determinação,
fomos deixando tudo em ordem. |
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Às vezes, tinha que me arriscar em favor da natureza. Mas o risco é sempre válido. |
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Vasculhei até nos precipícios, nas partes mais íngremes da pedra. |
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Era muito plástico e garrafa jogados por todos os lados |
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Aqui entra em cena o saco que levei especialmente para esta ocasião |
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Por entre fendas e "locas", nada escapava ao meu olhar atento. |
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Nenhum buraco foi poupado de uma vistoria mais atenta |
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Às vezes, não sabia nem por onde começar. |
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Este é o Marlon Luã, nosso mais recente filósofo formado pela UEPB,
também engajado no movimento. |
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Responsável pela parte fotográfica, Luã não hesitou em arregaçar as mangas
(que mangas?) e me ajudar na coleta. |
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Alguns "moradores" locais pareciam querer acompanhar o nosso trabalho |
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Só por uma causa tão nobre eu aceitaria o desafio de ser fotografado assim,
de maneira tão exposta. - Que coisa horrível! |
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E o saco cada vez mais enchia... |
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... nem mesmo a fome fazia-nos desanimar. |
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Como veem, o saco ficou praticamente da minha altura. |
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Foram necessárias várias "socadinhas" para caber mais garrafas |
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Por fim, amarramos o saco e o colocamos em minhas costas. |
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A princípio, a ideia era rolá-lo de pedra abaixo, mas ele podia abrir-se. |
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Esta fotografia parece final de filme de Charles Chaplin |
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Unindo o útil ao agradável, deixamos o saco com nossos amigos que trabalham
com reciclagem.
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Esperamos que essa nossa iniciativa sirva de exemplo para alguém, pois sabemos que, diante da preservação do meio ambiente, uma atitude nossa pode mudar o mundo.
Paulo A. Vieira