segunda-feira, 12 de agosto de 2013

MINHAS MEMÓRIAS - CAP. 8

CAPÍTULO 8
MANIA DE LISTAS

          Uma “atividade” possivelmente ligada ao meu problema de TOC (assim imagino), algo que procuro encarar como um hábito incorrigível da minha parte, uma pequena “obsessão”. Certamente pelo simples fato de eu querer, a todo instante, criar novas relações de nomes sobre coisas indeterminadas.
Entretanto, não considero esse “contratempo” tão prejudicial assim à minha saúde mental/intelectual, muito pelo contrário (é até uma terapia). Por sinal, o meu livro sobre Acrósticos (ainda em processo de avaliação) foi totalmente baseado a partir de uma enorme lista, numa relação final de nomes criteriosamente selecionados, bem distintos e bastante variados.
E a propósito, este meu trabalho mais recente, incluindo não apenas este capítulo 8, mas como um todo, é apenas um pretexto para a elaboração de mais uma grande lista, uma lista das inúmeras listas (destacando as mais “importantes”) que eu fizera ao longo dessa minha inÚTIL existência, algo que resultou, em boa parte, no conteúdo das memórias aqui reunidas.
Lembro-me até que, em 1993, ao completar 20 anos de idade, através de uma grande lista de dados por mim levantada (o que me forneceu maior segurança), fiz, então, uma “pesquisa”, uma soma detalhada dos anos (20), meses (240), semanas (algo em torno de 960), dias, horas, minutos e até dos segundos de vida que eu completara até aquele momento. Uma soma incrivelmente absurda. Tudo a partir do instante em que eu nasci, acrescen-tando e respeitando cada segundo dos anos bissextos, suas frações e as mínimas diferenças (e ainda me considero péssimo em Matemática). Só não lembro qual foi o resultado final e nem o que aconteceu com ele depois.
Na verdade, qualquer coisa em minhas mãos, até hoje, ainda vira motivo para organizar uma lista. Seja para ser utilizada como arquivo, como fonte, guia, ou até mesmo para facilitar em brincadeiras do tipo “adedanha”, com nomes de cidades, pessoas, frutas, animais... Eu só não gosto é de fazer lista de mercado, por nunca ser algo definitivo. É um saco!
A seguir, as minhas listas mais “célebres”. Ou melhor, as mais “significativas” (ao menos para mim, diga-se de passagem), e com algum objetivo específico/prático.

LISTA DE DITADOS POPULARES

Em outras palavras, trata-se de uma vasta coleção de provérbios, ditados populares, pensamentos, máximas e frases de pára-choque de caminhões, algo em torno de 3.000 frases. Encontra-se disposta em um “maço” de algumas dezenas de folhas grampeadas, tudo escrito à mão, e que eu conservo há muitos e muitos anos guardada. Uma enorme fonte de conhecimento que, vez ou outra, estou sempre consultando.

Às vezes, torna-se necessário encerrar um raciocínio mostrando um breve entendimento do mesmo - um aforismo - revelando uma moral quase sempre encontrada nessas frases prontas.

Exemplos específicos de:
       
        Provérbio: “Se a montanha não vem a Maomé, Maomé vai à montanha” (provérbio árabe).

Ditado popular: Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

Pensamento: “O ódio não é o real, é a ausência do amor” (Raul Seixas, *1945 – 1989+).

Máxima: Dinheiro chama dinheiro.

Frase de para-choque de caminhão: No decote do horizonte vejo o seio da saudade. Entre outros.


“CORRIGINDO” ALGUNS VELHOS DITADOS: 

- Quem ri por último... é retardado.
- Os últimos serão... os desclassificados.
- Quem cedo madruga... fica com sono o dia inteiro.
- Pau que nasce torno... urina no chão.
- É dando que se... engravida.  - rsrsrsrsrs...

                                                                                                                                       continua...