segunda-feira, 10 de novembro de 2014

SARAU POÉTICO VI – O FIM

             O CANTEIRO E A POESIA – EDIÇÃO FINAL

A 6ª e última edição (definitiva) do nosso Sarau Poético, mais uma vez realizada no Beco Tataguassu, centro de Queimadas, aconteceu na noite deste sábado, dia 08, e dessa vez com um número até relevante de pessoas, embora não comparecendo justamente aqueles que confirmaram presença.
O “carro-chefe” desse 6º sarau foi o lançamento do meu 9º folheto de cordel, intitulado João de Carminho, um mito queimadense, o qual faz parte agora da minha “bagagem” poética mais recente (ignorando meus antigos cordéis dos anos 90, onde eu “metia o pau” em Queimadas). Ao todo, já são doze publicações nesse formato.
O conteúdo deste novo folheto trata-se da história apenas superficial de João Batista Barbosa, vulgo João de Carminho, um homem que trazia em sua personalidade um temperamento um tanto forte e que, por essa razão, marcou época em Queimadas, mais especificamente, entre as décadas de 1950 e 1960.
Com o propósito de lançar esse folheto em praça pública, acabei reavivando a ideia dos encontros, algo que esbarra sempre na dificuldade de convencer os participantes a comparecerem no dia marcado. Desta forma, não vejo por que dar continuidade a esta ideia. 
    Lembrando ainda que a parte musical, amplamente anunciada durante as chamadas do evento, foi cancelada pelo simples fato do não comparecimento dos músicos. Promessas que para serem cumpridas não dependiam unicamente de mim e, ao mesmo tempo, um total desrespeito com alguns dos incansáveis participantes.

Vejam a seguir algumas fotografias dessa noite:

Pela segunda vez, este foi o espaço escolhido para o nosso sarau, uma vez que
a ideia começou nos canteiros da rua central.
Aguardando a chegada de um pessoal que nunca viria...
A essa altura já tínhamos público suficiente para iniciarmos as leituras.
Já se aproximava das 20:00h e resolvemos dar início ao evento.
Reunindo o pessoal para os últimos detalhes antes de começarmos.
Mais gente chegaria depois, pessoas que eu realmente nem contava.
A galerinha do Rock, por exemplo.
A camiseta da banda preferida, marca registrada de todo roqueiro.
Inicialmente fiz uma abertura e li parte do poema regional, Nordeste Independente.
Esse momento, principalmente, foi filmado, onde produziremos posteriormente
 um pequeno vídeo.
Em seguida foi a vez do professor Samuel falar um pouco, fazendo uma breve
definição do que vem a ser um sarau.
Aproveitei pra ler também a letra de Gabriel, O Pensador, Lavagem Cerebral,
 continuando no tema acerca de preconceito e discriminação.
Chamei atenção para o momento pós político que o povo nordestino vem atravessando,
sendo discriminado principalmente por pessoas que habitam a região sudeste.
A amiga Socorro Neves também deu a sua contribuição, onde leu um poema
autoral e falou também da importância de eventos como este para a juventude.
Pausa para uma água... a galera preferiu vinho.
A seguir, li o folheto que escrevi sobre João de Carminho, na íntegra (Essa parte foi filmada).
O amigo Olimpio recitou Augusto dos Anjos e falou um pouco da ideia central do meu cordel, do fato de se escrever a respeito de um mito queimadense, como se tornou a figura de João de Carminho ao longo dos anos.

Eis o folheto, com fotografias de João de Carminho nas duas capas. Na foto
da frente, ele tinha apenas 19 anos, segundo sua própria família.
Depois entrou Aguinaldo, o cara que não faltou a nenhum dos eventos que fiz.
Leu alguns poemas de um escritor regional, Siba Veloso, do qual ele é fã.
No início ele recitou um poema sobre a morte, muito divertido por sinal,
e para tanto não necessitou de apontamentos...
Enquanto isso eu distribuía folhetos aos transeuntes que passavam pelo local...
Minha amiga Aurizete, sempre atenciosa comigo.
O amigo Natan Barros e o seu conhecido caderno de poesias.
Ele leu para nós um poema com o qual venceu em um concurso, entre outros textos.
A atenção à leitura era verdadeira, e os que ficavam queriam ouvir e compreender os poemas.
Já no finalzinho ainda li um poema de Jessiê Quirino, o qual se encerra com o seguinte mote:
“Isso é cagado e cuspido, paisagem de interior.” Hilário!!
Nesse contexto bem regionalista, li ainda Tranca Rua, do poeta e sanfoneiro Amazan.
Este poema, inclusive, é uma analogia perfeita ao personagem de João de Carminho.
Pausa para fotos.
A essa altura, mais de 22:00h, mais da metade do pessoal já havia saído.
Registrando a presença do amigo André Luiz e sua namorada, Alanna,
que compareceram já no final.
E ainda do amigo Lucas Ferreira, do Blog Queimadas no Foco, que fez a
cobertura audiovisual do nosso evento.


Quero agradecer aos amigos que compareceram a mais este evento, algo considerado um tanto “fora dos padrões” da nossa cidade. Abrindo mão da minha insistência, declaro que, da minha parte, não haverá mais encontros semelhantes. Talvez em uma outra ocasião, quando o interesse pela causa se tornar maior.


Um comentário:

  1. quanta honra estar presente em um ambiente em que tantas pessoas providas de uma mente sã e mentalidade fervorosa ávida por coisas novas e deslumbrantes. que maravilha estar entre jovens no despontar de de seus desembestados desejos pararam pra nos ouvir. seria pedir demais um momento de reflexão para cada poema lido? diga-se de passagem cada poema lido e ouvido de forma passiva e mecânica. seria pedir demais aos ouvintes pelo menos algum comentário? cadê a polêmica? cadê o não? cadê o sim? o sim convicto!? porrra esse povo tá morto! esse povo tá sem vontade própria. ou sou eu que estou com febre?

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