terça-feira, 15 de julho de 2025

LIVRETO - O ERNESTÃO DE TODOS NÓS

                             

        O ERNESTÃO DE     

           TODOS NÓS

         ESCOLA FRANCISCO

                 ERNESTO DO RÊGO

                          

                                    - Queimadas PB -

 

                                            porPaulo Seixas



                                         QUEIMADAS, MARÇO/2025

 

Queimadas inteira está em festa,

Vem aí uma grande comemoração.

Um viva para esse aniversariante

Tão importante para a população.

Parabéns, Francisco Ernesto do Rêgo,

Escola por quem todos têm apego,

Sendo mais conhecida por Ernestão.

 

      Fundada em 1975 (suas atividades),

      Somente em 1977 fora contemplada

      Com a aquisição de um novo imóvel

      Onde suas aulas seriam ministradas.

      Da 5ª a 8ª série, um só turno, matinal.

      Esse era o modesto “ensino ginasial”

      Da educação pública em Queimadas.

 

Foi no antigo Veneziano do Rêgo,

Escola desativada pela prefeitura,

Que o Francisco Ernesto deu início,

Realizando sua estreia, sua abertura.

Onde, dois anos após, sua sede viria.

Porém, independente do que adviria,

O Ernestão já revelava certa postura.

 

       São 50 anos dessa sua concepção,

       Iniciando como escola municipal.

       Obra concebida pelo prefeito Tião,

       Que depois passara a ser estadual.

       Em parte, iniciativa de José Miranda

       Que, à época diretor, viu a demanda

       De acrescentar um segundo grau.

 

Entretanto, para ser mais honesto,

A vontade de se criar uma escola

Pública e com um “curso ginasial”

Era uma ideia que vinha de outrora.

Há algum tempo sendo amadurecida,

Saulo Ernesto apresentou a iniciativa

E Tião do Rêgo acatou sem demora.

 

      À época, professor de Matemática,

      Saulo era formado em Engenharia,

      Só queria o melhor pra Queimadas.

      E Tião, enquanto prefeito, entendia

      Que o município estava crescendo.

      A cidade inteira se desenvolvendo,

      E educação de qualidade merecia.

 

Dentre as escolas mais tradicionais

Irá constar sempre a do Ernestão.

Pois, antes dela ser estadualizada,

Foi ideia de Saulo e obra de Tião.

Mas, à medida que a cidade crescia,

Um educandário bem maior exigia

Oferecendo o 2º grau para o povão.

 

      Foi aí que o professor José Miranda,

     Em 1981, estando à frente da diretoria,

     Pôde requerer junto aos governantes,

     Proporcionando assim, tal melhoria

     Aos estudantes dessa época passada:

     O ensino médio pra toda Queimadas;

     Um grande avanço, e ele bem sabia.

 

Esse é o Ernestão de todo mundo

Que acomoda a todos com amor,

Jamais se perdeu em capacidade,

Ensinando e educando com fervor.

Cinquentando com cara de vinte,

Que venham outros 50 seguintes,

Demonstrando assim, o seu rigor.

 

      Ernestão que lembra Saulo Ernesto,

      Da escola, foi seu primeiro diretor.

      Seguido logo após por Guia Leite,

      Uma grande honra ter o seu labor.

      Depois veio a Marizabel Toscano,

      Lauro Leite e, no decorrer dos anos,

      Outros puderam mostrar seu valor.

 

 Veio então, a era de José Miranda,

18 anos gerindo a “grande família”.

Antônio Farias, a Ritaci de Barros,

Socorro Miranda e a Dona Emília.

Fábio Melo foi dos mais recentes,

O diretor do Ernestão atualmente

É Mozart Moisés, seguindo a trilha.

 

      Foram todos excelentes gestores,

      Fizeram suas gestões para valer.

      E agora, com o professor Mozart,

      Queimadas tem muito a agradecer.

      Ernestão de grandes profissionais,

      Diretores, professores e serviçais,

      Contribuindo para a escola crescer.

 

Lembrando alguns vice-diretores,

Entre os quais, docentes até então.

Fizeram dobradinha com gestores,

Atraindo mais eficácia ao Ernestão.

Fátima Silva e Gracilete tão na lista,

Ainda o professor Cláudio Teodista

E Graça Elias, somando numa gestão.

 

        Uma homenagem toda especial

        Vai para Dona Virgínia Miranda,

        Que durante mais de trinta anos

        Sem fazer qualquer propaganda

        Foi secretária no grande Ernestão.

        Hoje falecida, cumpriu sua missão,

        E sempre deu conta da demanda.

 

 Rima que recorda José Miranda,

O mais longevo entre os diretores.

Agradou a uns, a outros nem tanto

Com os seus projetos inovadores.

Fora apontado até como um louco,

Embora não ligasse nem um pouco

Com as opiniões de conservadores.

 

      Foi Miranda quem introduziu

      O ensino médio no Ernestão.

      Criando outros turnos de aulas,

      Lutou por sua estadualização.

      18 anos à frente do educandário,

      José Miranda foi um visionário

      Na arte de promover educação.

 

Pioneiro na área da informática,

O primeiro a trazer para a escola

Computadores na década de 1990,

A tecnologia avançada de outrora.

Diretor em sua escola e no Ernestão,

Dividia-se no cumprimento da ação,

Propondo o bem estar e a melhora.

 

      A ele, ainda é creditada a autoria

      Dessa tão maravilhosa sugestão,

      De chamar o Francisco Ernesto

      Pelo singelo nome de Ernestão.

      Através de seus atos inteligentes,

      A escola ascendeu grandemente

      Com muita garra e determinação.

 

Nunca houve um reconhecimento

Para suas ações, enquanto diretor.

Responsável por amplas mudanças,

Significativas e de grande valor.

À escola, atribuiu novas funções,

Dando-lhe, inclusive, outras feições,

E um aspecto bem mais inovador.

 

        Queimadas tem grandes docentes,

       Atualmente e também no passado.

       São vários os mestres e educadores,

       E que merecem ser homenageados.

       Dulce Barbosa é um exemplo, então.

       Não foi uma professora do Ernestão,

       Mas seu nome é sempre lembrado.

 

Professores altamente renomados

Pelo Ernestão um dia já passaram.

Impossível lembrar todos os nomes,

Uns faleceram, outros aposentaram.

Há uma leva de mestres atualmente,

Profissionais altamente competentes

E que nunca, jamais desapontaram.

 

           Os professores da área de exatas,

      São tão bons quanto de humanas.

      Docentes que lecionam com amor,

      Pessoas sensíveis e super bacanas.

      Citar seus nomes não é necessário,

      Por maior que sejam seus salários,

      Não soma a força que deles emana.


O Francisco Ernesto é uma escola

Que traz consigo muita tradição.

Dispensando maiores comentários

Quando se trata de sua reputação.

Professores lecionando satisfeitos,

Apresentando resultados perfeitos

E um grande índice de aprovação.

 

      Uma escola que é transformadora,

      Seja em atitude ou no pensamento.

      Que desperta no aluno senso crítico,

      Trabalhando isso a todo o momento.

      Onde professor é psicólogo e amigo,

      Além do ensino, oferta colo e abrigo,

      Método que gera mais engajamento.

 

Praticamente todas as famílias

De Queimadas e até adjacências,

Já tiveram um aluno matriculado

Estudando em suas dependências.

Escola que nasceu para ser grande

E que, cada vez mais se expande,

Demonstrando sua competência.

 

       Muitos alunos por ela já passaram,

       Colaram grau e seguiram carreira. 

       Centenas no passado se formaram,

       Outros desistiram, dando bobeira.

       Estudou no Ernestão, fica especial,

       Pois a escola sempre eleva o moral,

       Cria no aluno uma mente ordeira.

 

Passou por uma grande reforma

Nos seus 25 anos, beirando 2000.

Dentre os patrimônios da cidade,

É o que apresenta completo perfil.

Entre as melhores escolas do Estado,

É um educandário compromissado

Com a educação infantojuvenil.

 

            O Ernestão, inclusive, já foi um dia

      A maior escola pública do Estado.

      O maior estabelecimento de ensino

      Em número de alunos matriculados.

      E, para tanto, tornou-se necessário

      Criar outros anexos ao educandário,

      Funcionando em lugares afastados.


Além da sede, a escola funcionava

Em pontos diferentes de Queimadas.

O prédio do antigo colégio Dinâmico

Teve as suas dependências alugadas.

Também no Ligeiro, o Ernestão atuou.

Por esse motivo, nenhum aluno ficou

Com turmas ou aulas desamparadas.

 

      E agora, nessa sua última reforma,

      Construção nova, melhor dizendo,

      O Ernestão ficou lindo, magnífico,

      Outras possibilidades oferecendo.

      A escola diminuiu em quantidade,

      Entretanto, superou em qualidade;

      É a 15ª gerência de ensino rendendo.

 

Em 2019, ao construírem o novo prédio,

Encolheram em boa parte seu tamanho.

Ao buscar investir mais no aprendizado,

Veio o esperado, porém nada estranho.

A escola, que já foi a maior da Paraíba,

Em alunos registrados, ficou reduzida;

Contudo, menos perdas e mais ganhos.

 

     Em 2020, o modelo de ensino integral

     Veio para decompor a rotina escolar.

     Uma iniciativa do governo federal,

     Modificando na maneira de ensinar.

     A Educação, ampliada, vem primeiro,

     Com alunos estudando o dia inteiro.

     E à noite, continua o ensino regular.

 

Juntamente com o ensino da EJA,

A Educação de Jovens e Adultos.

Programa que só funciona à noite,

Sem correria ou qualquer tumulto.

Fornecendo aos alunos a instrução,

Conhecimento reduzido ou noção,

Mas um saber que não fica oculto.

 

      Fazendo do Ernestão um exemplo

      Para que outras escolas seguintes

      Avancem por esse mesmo patamar,

      Trazendo uma educação de requinte.

      Há cinquenta anos fazendo história,

      O Francisco Ernesto já canta vitória;

      No ensino é um bom contribuinte.

 

Frisando que a escola hoje acomoda

Em período integral seus estudantes.

Durante o dia, dando-lhes todo apoio

Ainda mais necessário do que antes.

São três refeições diárias, a se saber.

Alunos, com incentivo em aprender,

Na sala de aula ficam mais atuantes.

 

       A parte emocional bem trabalhada,

       Aos seus alunos não falta atenção.

       Apoio e incentivo de profissionais,

       Dos docentes e também da direção.

       O aluno sente-se em casa, e de fato,

       Recebe todo carinho e um fino trato;

       Essa é a nova política do Ernestão.

 

Salve o Ernestão dos antigos bailes,

Festas promovidas pelos estudantes.

Dos jogos, gincanas e peças teatrais,

De uma diretoria sempre tão atuante.

Uma escola que investe em esportes,

Que aos alunos procura dar suporte,

Tornando o aprendizado gratificante.

 

       O “modus operandi” do Ernestão,

       Seja no passado como no presente,

       Sempre foi o de fornecer a prática;

       Hoje, mais que antes, não é diferente.

       É uma maneira de trabalhar o aluno,

       Indicando-lhe caminhos, um rumo,

       Algo seguro para seguir em frente.

 

Laboratórios de Matemática, de artes,

Cursos técnicos que a escola oferece,

Projetos de robótica, aulas de música,

Até jiu-jitsu, onde o esporte prevalece.

Outros eventos também são realizados,

A exemplo do que ocorreu ano passado,

Evento antirracista chamado "Afrotec".

   

       Eis o grande diferencial da escola:

       Investir nas aptidões individuais.

       Descobrir no aluno sua habilidade,

       Algo que ele domina e aspira mais.

       Portanto, são necessários docentes

       Com um olhar crítico e competente,

       Estimulando o aluno nesses ideais.

 

Para isso, todo projeto é bem vindo,

A docência abraça e investe a fundo.

Mobilizando toda a escola e alunos,

O engajamento é intenso e profundo.

Uma escola atual, voltada pro futuro,

Vencendo limites, barreiras e muros;

Os obstáculos que movem o mundo.

 

       Dentre alguns projetos pedagógicos,

       Destaca-se aqui um dos mais recentes.

       Um livro organizado por professores,

       Dois educadores pra lá de excelentes.

       José Halmério, Rita Mércia Feliciano,

       Que batalharam por quase um ano

       Para esse projeto seguir em frente.

 

Contos e Encantos em Prosa e poesia

É uma obra única, fruto do Ernestão.

Escrito por alunos e alguns docentes,

Todos ilustrando a sua contribuição.

Um livro feito por uma classe inteira,

Mereceu um lançamento de primeira,

O reconhecimento dessa publicação.

 

        Valeu pelo empenho dos discentes,

        Que viraram escritores e até poetas.

        O desempenho de todos foi notável

        E suas participações foram repletas.

        As colaborações foram bem sensatas,

        Exemplo disso, a professora Renata,

        Que deu uma assistência completa.

 

Que venham mais projetos parecidos,

No formato de livro ou até de cordel.

E que as ideias, há tempos guardadas,

Possam decorrer todas para o papel.

Que as Feiras de Ciências do passado

Virem um acordo depressa assinalado;

Todos os anos, um compromisso fiel.

 

       Uma mostra pedagógica, inclusive,

       Ficou para sempre na lembrança.

       Envolvendo professores e alunos,

       Jovens, adultos, até mesmo crianças.

       Evento que entrou para a história,

       Faz parte das melhores memórias

       Duma escola sempre na liderança.


Grande pelo número de projetos,

Teve envolvimento e participação.

O engajamento total dos discentes,

Também do público, em visitação.

Uma Feira de Ciências grandiosa,

Com uma decorrência maravilhosa,

Em 2002, já na sua primeira edição.

 

       Dos projetos, Mecânica na Educação,

       O mais chamativo e que foi orientado

       Por um professor à época, Wergiton,

       Que além de docente, fora delegado.

       Alguns carros ficaram em exposição,

       Onde o professor oferecia explicação

       Sobre funcionamento a interessados.

 

Mas foram as festas mais marcantes,

Presentes no calendário do Ernestão,

Que fizeram história lá no passado,

Gerando na escola bastante agitação.

O Forrozão do Ernestão, por exemplo,

José Miranda quem criou esse evento,

Em outros lugares, ganhou proporção.

 

       As lembranças dos desfiles cívicos

       Da época em que eram obrigatórios

       (Mas não pela obrigatoriedade em si,

       Algo que se mostra até contraditório),

       Ainda repercutem em várias pessoas.

       Resquícios de uma época muito boa,

       De um passado recente e tão notório.

 

Onde a banda marcial do Ernestão,

Dentre todas, era a mais imponente,

Arrastando suas centenas de alunos

Nas ruas duma Queimadas diferente.

A banda, já reduzida, virou fanfarra,

Desfiles transformaram-se em farras;

Novos tempos que ditam atualmente.

 

      No entanto, não se encerra tão fácil

      Uma história e uma longa tradição.

      A banda marcial volta agora a existir

      Segundo as informações da direção.

      Os desfiles, o festejo se reinventa,

      O 7 de Setembro ainda se sustenta

      Naquilo que depender do Ernestão.

 

São as escolas se transformando,

Adaptando-se aos novos tempos.

Rendendo-se às novas tecnologias,

Mudando todo seu funcionamento.

Com leis a garantir-lhes proteção,

Ficou mais exigente a nova geração,

Tendo dos direitos, conhecimento.

 

      “Entre as escolas, a mais democrática,

       Sempre acolhe a todos, sem distinção.

       Está acima de qualquer preconceito

       Ou qualquer forma de discriminação.

       Transmitindo cultura e conhecimento

       Ela promove o desenvolvimento

       Para todo o município e região”.

 

 São palavras do educador Ezequiel,

Que nele leciona e onde já estudou.

De onde traz inúmeras recordações,

Da vida acadêmica, de como iniciou.

Uma época distante, fluía mais lenta,

Era o comecinho da década de 1980,

Quando sonhara um dia ser professor.

 

    Inclusive, a ideia básica destes versos

    É de uma obra sua, em andamento.

    O Ernestão de Todos Nós, cujo título

    Faz parte de um livro em acabamento.

    Uma proposta mais consistente e fiel,

    Uma futura obra do professor Quiel

    Que, no futuro, terá seu lançamento.

 

Saudamos por tudo isso, o Ernestão,

Uma escola que é de vital importância

Para Queimadas e todo o município,

Surtindo em alguém uma lembrança.

Parabéns pelos seus cinquenta anos,

Que Deus a conduza em seus planos,

Trazendo a educação em sua liderança.


  Leiam o livreto na íntegra, acessando o link abaixo:

     https://www.recantodasletras.com.br/e-livros-de-poesias/8306526


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