SARAU POÉTICO V

     O CANTEIRO E A POESIA – A NOITE DO SONETO

       A 5ª edição do nosso Sarau Poético, dessa vez realizada no Beco Tataguassu, centro de Queimadas, ficou marcada pelo não comparecimento (em massa) das pessoas que convidei para o encontro. Motivo esse que me força a desistir, em definitivo, de continuar com a ideia.

Seria algum complô contra mim, ou contra minhas ideias relacionadas à Cultura? Lembro-me de haver convidado, pelo menos, umas cem pessoas, das quais a metade confirmou presença. Além de deixar o convite em aberto no Facebook e até no site Queimadas Acontece. 
      Quer saber, isso já nem me importa mais. Até porque, existe em Queimadas certa resistência cultural, algo que prefiro não ir de encontro. Dessa forma, o meu "exército de um homem só" retira-se de campo e desiste de lutar em vão.

Aos poucos amigos que compareceram, sempre fiéis à causa, eu fiz uma apresentação meio improvisada sobre o evento. Leiam a seguir.  

                                   APRESENTAÇÃO 

Bom pessoal, inicialmente, boa noite a todos. Gostaria antes de me apresentar. Pra quem não me conhece ainda, meu nome é Paulo, Paulo Seixas, o aprendiz de poeta, o cara que insiste em pregar a Cultura por onde passa (e que só sabe discursar lendo).

Ontem, dia 14 de março, foi o dia nacional da poesia, uma homenagem ao poeta dos escravos, Castro Alves. Comemoraremos, então, no dia de hoje.

Sinto-me feliz em saber que a ideia de levar poesia para a praça está tendo essa continuidade, mesmo que de forma tão precária, sem oferecer qualquer conforto para os nossos convidados (motivo esse que contribui com a evasão).

Mas isso vai mudar. A Secretaria de Cultura de nosso município, depois de formada, vai colaborar conosco de alguma forma. Vamos aguardar...

Devo lembrar, no entanto, que essa ideia de recitar poesia na praça foi uma sugestão que acatei do professor Samuel, aqui presente. A princípio, eu só pensei em reunir alguns amigos para ler um pouco à noite, na rua, mas não sabia onde nem como.

Já o nome escolhido para o evento, O Canteiro e a Poesia, foi ideia do professor José Marciano, irmão do amigo Marlon e que, infelizmente, não puderam comparecer.

Lembrando ainda que, com este, já são cinco encontros, sempre com a mesma proposta de apresentar a diversidade do mundo da poesia. Tá aqui presente o amigo Aguinaldo, que compareceu a todos eles e não me deixa mentir.

Enfim, aproveito para lançar oficialmente o meu novo livreto de Cordel, Discursos poéticos de um candidato frustrado – uma curta trajetória política, o qual faz parte agora da minha “hexalogia” poética (ignorando meus antigos Cordéis dos anos 90, onde eu “metia o pau” em Queimadas).

O conteúdo deste novo folheto trata-se do meu roteiro de discursos na campanha política 2012, em Queimadas, e que não vem ao caso, aqui, a leitura do mesmo. Será publicado, em breve, no meu Blog, dividido em três postagens. Irei distribuir logo mais com vocês alguns exemplares. Guardem e, se possível, leiam depois.

Hoje será a noite do Soneto. Acredito que teremos muita coisa boa para ouvir. Como diria o Jornalista Massilon Gonzaga, “cultura não é pra se guardar em cofre de aço”. 

Basicamente historicizando, Soneto é uma composição poética que vem lá do século XIII. Iremos recitar aqui alguns deles na sua forma mais tradicional, que é composta por dois quartetos e dois tercetos, mudando-se apenas, em alguns casos, a sequência e o formato das rimas.

                         Muito obrigado!

Vejam em seguida, alguns registros fotográficos da noite.



Devido ao pequeno número de participantes e ao barulho ensurdecedor do "trânsito"
de Queimadas, resolvemos transferir o nosso encontro para o Beco Tataguassu.
Porém, tudo começou aqui.

Uma vez lá no beco, iniciei a minha apresentação.

Como mesmo citei na apresentação, "tá aqui presente o amigo Aguinaldo,
que compareceu a todos os eventos e não me deixa mentir".

Eis o meu novo folheto

Aqui o professor Samuel dá continuidade à minha apresentação...

... enveredando mais na profundidade do tema proposto.

Comentando o soneto que acabara de ler. Puxei os aplausos.

Procurei, então, um dos sonetos musicalizados mais perfeitos que conheço.

O soneto de Camões, presente na canção Monte Castelo, da Banda Legião Urbana.

Impossível resistir aos versos maravilhosos de quase 500 anos

Aqui o amigo Emanoel recita Vinícius de Moraes...

... Soneto de Fidelidade.

Aguinaldo, "Naldim", apresentando um soneto do compositor Arnaldo Antunes.

Até então, o vinho não havia comprometido a performance do baixinho.

Lendo o soneto Fanatismo, de Florbela Espanca, musicalizado pelo cantor Fagner.

O amigo Lucivânio, "Van", lendo um pouco mais de Arnaldo Antunes. O Soneto
chama-se Inspirado, e ele o dedicou ao nosso amigo John Daniel, outro fã de Arnaldo.

Olímpio Armando marcando presença no encontrro

Recitando Augusto dos Anjos com perfeita memorização

Tecendo comentários sobre o poeta dos versos mórbidos

Lembrei que tinha algo de Augusto dos Anjos em meu livro. Psicologia de um
vencido, leitura indispensável em um sarau.

Aqui surge a figura de Lamartine Miranda, fotografando-me. Jornalista formado, é autor
do site Queimadas Acontece. Encostado no poste, John Daniel, amigo e grande incentivador.

Conversas paralelas, onde uma das pautas foi Naldim e sua "cabidela" palmeirense
(esse é um segredo só nosso, amigo!) rsrsrsrs...

Van e mais uma letra de Arnaldo Antunes. Na verdade, uma música chamada
O Buraco do Espelho. Essa ele fez questão de dedicar aos fãs do falecido cantor, Chorão.

Fugimos um pouco do tema, já que passamos a ler letras de músicas. Inclusive,
meu irmão Reinaldo, que se recusou apenas a sair nas fotos. Mal de família.

Presente por alguns instantes a amiga Paloma Ravylla...

... que leu um soneto de minha autoria, Soneto de uma desilusão.

Foto pra posteridade. Registrando ainda a presença dos amigos Antônio,
Flamarion, Sidney de Vicente Bernardo, companheiro do PT, ...

... do meu irmão Reinaldo (ao meu lado direito) e os demais participantes
que não sei seus nomes de cor.

                  Obrigado a todos pelo comparecimento!
                         E, quem sabe, até uma próxima.