CÍCERO LOPES DA SILVA, UM CIDADÃO MULTIFUNCIONAL
- Cícero Lopes da Silva nasceu no município de
São Paulo do Potengi, Estado do Rio Grande do Norte, em 30 de janeiro de 1924.
- Sendo assim, se ele ainda estivesse
vivo, teria completado, no início deste ano, 101 anos de idade.
- Era filho dos saudosos João Lopes da
Silva e Antônia Emília da Conceição, ambos cidadãos
potiguares, agricultores de roça. De acordo com Leila, a filha mais nova de
Cícero Lopes, seus avós paternos plantavam especialmente batata doce. Era agricultura
de subsistência e também, familiar.
- Sem uma
informação precisa, ainda de acordo com a Leila, Seu Cícero tinha, pelo menos,
três irmãos e duas irmãs. Dentre os quais, resta apenas um tio vivo, morando no
Rio Grande do Norte.
- Seu Cícero veio
tentar a sorte em Campina Grande, ainda na década de 1960, depois, vindo parar
em Queimadas, onde viveu até sua morte. Um cidadão potiguar que adotou
Queimadas como o seu segundo lar, e onde trabalhou e pôde construir sua vida e
família.
- Casado com Maria
Lopes da Silva (in memoriam), criou quatro filhos com ela. Enoque
(in
memoriam), José Carlos, Maria Onete e a filha mais nova, Leila. Segundo Leila, o
casal teve outros 15 filhos, mas somente esses quatro sobreviveram.
- Seu Cícero estudou apenas o ensino primário, até a antiga 5ª série, sendo hoje o quarto ano fundamental. Embora isso não fosse qualquer empecilho para um homem determinado em aprender novas funções.
- Em casa, fazia todo tipo de conserto em sua pequena oficina, onde o seu forte mesmo era o reparo de guarda chuvas. Paralelo a isso, trabalhou durante vários anos como ajudante direto de párocos na igreja católica de Queimadas, desde o padre Oscar até o último ano do sacerdócio do Padre Antônio Lisboa.
- Aliás, essa sua função de sacristão foi o que o tornou tão conhecido e tão popular em Queimadas, onde várias histórias surgiram a seu respeito, ao longo do tempo. Todas positivas, claro, pois, como se sabe, Seu Cícero não era um homem de meias palavras, além de ser muito exigente naquilo que fazia.
- Seu Cícero faleceu no dia 13 de abril de 2004, devido uma forte depressão e problemas de saúde que se agravaram ao logo do tempo.
- Por fim, eu, Paulo Seixas, em nome do nosso Instituto Histórico e
Geográfico de Queimadas, alegro-me ao
prestar, através deste breve perfil, esta honrada e merecida homenagem ao
grande homem que foi Cícero Lopes, um grande exemplo de cidadão queimadense.
- ANEXO
O conteúdo aqui apresentado trata-se de um antigo folheto de cordel que foi escrito no início dos anos 1980 (possivelmente), onde narra um triste acidente ocorrido com Seu Cícero Lopes.
“O seu nome é Cícero
Lopes,
Um homem muito
decente.
Além de muito
caritativo,
Em farmácia é
competente.
Gosta de enterrar os
mortos,
Sente por quem está
doente.
Ele aplica injeção,
Faz qualquer
tratamento,
Em caso de enfermagem
Ele tem conhecimento.
Então, sobre seu
acidente
Quero dar seguimento.
Ele foi à Guritiba
Aplicar uma injeção
Na mulher do velho
Braz.
E, por azar ou
tentação,
A bicicleta
quebrou-se,
Seu Cícero caiu no
chão.
Dez dentes de sua
boca
Saltaram no acidente.
Sua língua retalhada,
Quem tem bom coração,
sente.
Ver Seu Cícero sair
bom,
Chegar em casa
doente.
Com nove pontos na
língua
Foi grande admiração
Seu Cícero não ter
morrido.
Ele já me disse,
então,
Que termina ainda
fazendo
Nos olhos operação.”
(Trecho do Folheto de Cordel, O ACIDENTE DE CÍCERO LOPES, Um fato queimadense do passado. Reeditado por Paulo Seixas)
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Fontes
de pesquisa e fotografias: Folheto de Cordel sobre Cícero Lopes,
Blog Tataguaçú e demais informações adquiridas com sua filha Leila Lopes.
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