sábado, 8 de março de 2014

O JORNALISTA E A SOCIEDADE

  A Atuação da Ética nos Jornais Impressos                     

              Um jornal é, antes de tudo, um empreendimento caro, de contínua e obsessiva renovação de equipamentos e, mesmo, de recursos humanos. E cada vez mais, as empresas, antes apenas jornalísticas, adquirem status de grandes empreendimentos comerciais e industriais.
            Os jornais são atualmente empresas comerciais em busca de resultados que aumentem os lucros e sustentem o sistemático avanço tecnológico que permite rodar as publicações de forma mais rápida, com melhor qualidade gráfica e apresentação, visando mais a captação de anúncios do que propriamente, a qualidade editorial.
         Essas empresas realizam periodicamente campanhas para atrair novos assinantes, igualmente com ofertas de vantagens e prêmios. São técnicas e recursos de marketing que ajudam a aumentar a circulação e/ou audiência.
            Mas os meios de comunicação por usarem tanto o texto jornalístico informativo como texto jornalístico opinativo, muitas vezes tendem a querer “fazer a cabeça” dos indivíduos e, assim, comandar as opções em termos da sociedade como um todo, principalmente quando o interesse é do governo e/ou dos grandes anunciantes. 
            Para se analisar o comportamento da mídia e dos jornalistas, faz-se necessário um ligeiro enfoque na própria ética – a filosófica do tempo de Aristóteles. Dentro desse contexto, o jornalismo representa, antes de tudo, um compromisso assumido com a sociedade. 
            A manipulação da notícia – partidária, ideológica e econômica – não é um assunto que os jornalistas em geral gostem muito de debater. Hoje, alguns profissionais da mídia até acham natural que assim seja, em função de interesses individuais do patrão ou das empresas, nos grandes conglomerados da comunicação atrelados a ditames oriundos da globalização, ao mesmo tempo, servos e senhores do primado econômico. 
            A partir da década de 1970, abriu-se nos meios jornalísticos ampla discussão sobre os meios de comunicação e a sociedade. Circulava, então, a expressão de que a mídia era o “quarto poder”. 
           Como consequência direta desse debate surgiram os Códigos de Ética do Jornalismo para definir a faixa de atuação dos jornalistas e até preservar a qualidade do trabalho deles. 
           O Código Internacional de Ética dos Jornalistas, surgido em Paris, em 1983, já afirmava uma determinação ética ao dedicar artigo inteiro à responsabilidade social do jornalista e ao sustentar com ênfase que “a informação no jornalismo é entendida como um bem social, e não como uma mercadoria”. O jornalista faz parte da sociedade e, mais do que isto, nela exerce ampla, fundamental e abrangente função social. 
             O artigo 6º do código foi aprovado pelo Congresso Nacional dos Jornalistas Profissionais, em setembro de 1985, e afirma ainda que “o exercício da profissão de jornalista é uma atividade de natureza social e de finalidade pública”, tendo a ética um papel de fundamental importância nas escolhas das ações.
             A ética, portanto, existe porque existe o outro, para respeitar-se o outro como ser e como cidadão.


Trabalho elaborado como requisito de avaliação correspondente a IV unidade da disciplina Legislação e Ética, ministrada pelo professor Luís Aguiar.  Campina grande, junho 2011                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

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