FORNECIMENTO DE ÁGUA À BEIRA DE UM COLAPSO

O QUE TEM SIDO FEITO PELA PRESERVAÇÃO DO AÇUDE DE BOQUEIRÃO?

Deu início sábado passado, dia 06 de dezembro, o racionamento parcial de água no açude Epitácio Pessoa, nosso açude de Boqueirão. Com apenas 23% de sua capacidade total, sendo que metade disso é volume morto – lama, melhor dizendo, – a CAGEPA resolveu adotar essa medida emergencial e antecipada, uma vez que a água restante não vai durar por muito tempo segundo especialistas. E principalmente se não chover forte nos próximos meses, quando o açude enfim, poderá entrar em colapso.

Diante deste fato, eu me pergunto se já não está na hora de se pensar em fazer uma dragagem básica em torno da barragem, retirando parte do assoreamento que impede uma maior capacidade de armazenamento de água. Isso sem falar no prejuízo ambiental causado pelas construções irregulares, as famosas “ilhas” com todos os seus dejetos, além dos inúmeros plantios de hortaliças ao longo de toda a margem da barragem.

Sabemos da dimensão e da enorme extensão de área que abrange todo o espelho d’água em época de cheia, pois o açude de Boqueirão ainda continua sendo um dos maiores do Nordeste. No entanto, nada é impossível onde exista vontade política e uma mobilização popular em questão, pois quando a opinião pública resolve se manifestar alguma coisa é feita.

Se cada um dos vinte municípios abastecidos por Boqueirão entrasse com uma ou duas máquinas do tipo PC’s, onde a cidade de Campina Grande certamente poderia colaborar mais nesse sentido, e com mais algum recurso financeiro vindo de Brasília, já que o açude é uma obra federal, creio que muito barro poderia ser retirado das margens ao longo de toda a barragem, sem comprometer ou poluir o restante da água.

O que vocês podem me dizer a respeito deste assunto, amigos?

                                                          por Paulo Seixas