O Brasil é um país enorme, de
extensão e fronteiras continentais, e por isso mesmo, cheio de gírias,
sotaques, costumes e linguagens particulares de cada região. Por esse motivo,
há vários nomes de produtos, alimentos em especial, que trazem na escrita
alguns aspectos relativos à sua regionalidade, o que acaba por diferenciá-los.
Mas sendo, no entanto, a mesma coisa.
É muito comum, por exemplo, alguém que
mora em uma região diferente do país, chegar em alguma cidade distante e pedir
algo pra comer, onde geralmente acaba causando confusão quanto aos nomes dos
alimentos. Mas nada que não seja esclarecido com um pouco de conversa.
Vejam alguns exemplos abaixo, onde o
nome em destaque é o que mais se aproxima do padrão.
TANGERINA
Essa é uma das recordistas de
nomes diferentes. No Sudeste é conhecida como "Tangerina". Na Região Sul,
pelo nome de "Bergamota". Já no Nordeste, é chamada de
"Mimosa" e "Laranja-Cravo". E o pessoal de Goiás também a chamam de "Poncan" ou "Mixirica". Existem ainda outras variações
como "Mandarina", "Fuxiqueira", "Clementina" e "Manjerica".
MANDIOCA
É outro alimento que tem vários nomes
país afora. Em toda região Nordeste e em parte da região Norte é chamada de
"Macaxeira". No Rio de Janeiro e praticamente em todas as outras
regiões do Brasil, é chamada de "Aipim", embora Estados como São
Paulo a chamem pelo nome genérico de mandioca. Outros apelidos:
"Castelinha" e "Uaipi".
Lembrando, porém, de se
fazer a distinção entre a mandioca brava, a qual é utilizada no preparo de
farinhas e da tapioca, e a mandioca doce, que é comestível, cozida ou frita, e contém
um nível tolerável de ácido cianídrico.
PÃO FRANCÊS
Esse aqui é polêmico, e muito! A maioria
dos brasileiros o chama por esse nome, mas em alguns lugares como no Rio Grande
do Sul e Bahia, e também por pessoas de origem portuguesa, esse tradicional pão
é conhecido por "Cacetinho". Em outras regiões recebe o nome de
"Pão Carequinha", "Pão de Sal", “Baguete", e assim
vai.
GELADINHO
Vamos falar dessa sobremesa muito
gostosa nas épocas de calor. Um dos doces mais queridos pelas crianças e super
fácil de fazer, também tem vários nomes. No Rio de Janeiro é chamado de
"Sacolé" e em São Paulo, "Chup-chup". Em Goiás, por
"Laranjinha", independente de sua cor. No Nordeste o nome é bem
engraçado: "Din-din". Há também quem o chame de "Ju-ju”
MINGAU (feito a partir do milho verde
ralado)
Esse aqui pode causar uma certa
confusão, já que muitas pessoas chamam qualquer comida pastosa por esse nome.
Além disso, pode ter vários sabores. Em São Paulo, as pessoas o chamam de
"Curau", enquanto no Nordeste é tradicionalmente conhecido como
"Canjica" ou “Angu de milho verde". Se bem que Canjica é também
outro nome atribuído ao mungunzá, um alimento de panela feito a partir do milho
“desolhado” e leite. Pode ser doce ou salgado, ao gosto de quem o faz, assim
como a pamonha.
CACHORRO QUENTE
Hot Dog em inglês, aqui no Brasil esse
sanduíche quente e bastante popular foi aportuguesado para Cachorro Quente. Em
São Paulo e no Rio de Janeiro, é apelidado de “Podrão", uma referência à
falta de higiene de certas carrocinhas ambulantes. Em Curitiba, o principal
recheio do cachorro-quente que é a salsicha, é chamado de "Vina".
ABÓBORA
Muito utilizada no Halloween como
alegoria, muita gente não sabe, mas é também conhecida como
"Jerimum", principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Uma
curiosidade: A abóbora é uma fruta, assim como tomate.
FRUTA DO CONDE
Se alguém chegar ao Nordeste pedindo
essa fruta por esse nome, pode ser que fique sem comer. Agora, se falar em
"Ata" ou "Pinha", o pessoal vai atender seu pedido
rapidinho.
BATATA BAROA
Essa delícia tem sua origem lá na
Cordilheira dos Andes. Talvez por isso, tenha vários nomes pelo Brasil. Em
Minas Gerais e no Rio de Janeiro é conhecida por Batata Baroa, em São Paulo
como "Mandioquinha" e no Paraná é chamada de "Batata
Salsa".
Paulo Seixas e Site da Internet
Fonte de Pesquisa: http://www.purebreak.com.br/noticias/10-alimentos-que-tem-nomes-diferentes-pelo-brasil-mas-sao-a-mesma-coisa/21288
Isso só comprova a diversidade da nossa língua, incluindo aqui as várias alterações ao longo do tempo, inclusões de palavras novas e interferências de outras culturas.
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