DESAGRAVO
Não sirvo
para ser um poeta
Sequer
pra organizar um cordel,
Minha
ingenuidade é completa,
Não pode
ser levada ao papel.
Quem sou
eu pra dar solução,
Fazendo
deboche de Seu Tião
Ou mesmo
de Assis Maciel?!
Homens que exercem a política
Da maneira mais transparente,
Que nunca fugiram à risca
Ou de provar pra toda gente,
Que a arte de se governar
É uma semente que se faz plantar,
Pra que se colham os frutos à frente.
Certas
verdades não cabem
A mim
tentar descrever,
As
pessoas nem mesmo sabem
O que vem
a ser direito e dever.
Sim,
temos o direito de criticar,
Mas
também o dever de acatar
Aquilo
que é de lei obedecer.
O povo gosta de baixaria
Por isso mesmo decidi renovar,
Falando de cabaré, de putaria,
Daqueles que vivem a enganar.
Mas nada me concedia o direito
De ir em encontro ao nosso prefeito,
Que tanto se esforça para governar.
Desculpem-me
todos vocês
Que leram
ou não minhas piadas,
Agora
chegou a hora e a vez
Das
bobagens serem retiradas.
Não me
enxerguem como um louco,
Tentarei
provar pouco a pouco
Que tenho
a cabeça equilibrada.
(Será?)
Peço a compreensão de todos
Cidadãos e demais prejudicados,
Nada mais voltará a se repetir
Da maneira como foi editado.
Minha crítica continuará sem pudor
Baixando o cacete seja lá no que for,
Mas com o devido respeito e cuidado.
Este desagravo foi escrito no meu segundo folheto
de cordel, devido algumas críticas pesadas que fiz no primeiro, em dezembro de
1997.
PAULO,
FEVEREIRO/1998.
Lembro disso muito bem
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