sábado, 30 de janeiro de 2016

DESAGRAVO POÉTICO NAS ANTIGAS

DESAGRAVO


Não sirvo para ser um poeta

Sequer pra organizar um cordel,

Minha ingenuidade é completa,

Não pode ser levada ao papel.

Quem sou eu pra dar solução,

Fazendo deboche de Seu Tião

Ou mesmo de Assis Maciel?!


       Homens que exercem a política

       Da maneira mais transparente,

       Que nunca fugiram à risca

       Ou de provar pra toda gente,

       Que a arte de se governar

       É uma semente que se faz plantar,

       Pra que se colham os frutos à frente.


Certas verdades não cabem

A mim tentar descrever,

As pessoas nem mesmo sabem

O que vem a ser direito e dever.

Sim, temos o direito de criticar,

Mas também o dever de acatar

Aquilo que é de lei obedecer.


       O povo gosta de baixaria

Por isso mesmo decidi renovar,

Falando de cabaré, de putaria,

Daqueles que vivem a enganar.

Mas nada me concedia o direito

De ir em encontro ao nosso prefeito,

Que tanto se esforça para governar.


Desculpem-me todos vocês

Que leram ou não minhas piadas,

Agora chegou a hora e a vez

Das bobagens serem retiradas.

Não me enxerguem como um louco,

Tentarei provar pouco a pouco

Que tenho a cabeça equilibrada.

                                  (Será?)


Peço a compreensão de todos

Cidadãos e demais prejudicados,

Nada mais voltará a se repetir

Da maneira como foi editado.

Minha crítica continuará sem pudor

Baixando o cacete seja lá no que for,

Mas com o devido respeito e cuidado.


Este desagravo foi escrito no meu segundo folheto de cordel, devido algumas críticas pesadas que fiz no primeiro, em dezembro de 1997.



                                                 PAULO, FEVEREIRO/1998.


               

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