domingo, 27 de março de 2016

CORDEL - A CULTURA NORDESTINA REPRESENTADA PELO CANGAÇO

          A Cultura Nordestina Representada Pelo Cangaço

Vou falar de certa cultura
Do povo do meu Nordeste,
Nestes versos que eu fiz,
Espero que algum preste.
Tem gente que fala muito
E há fulano que nada diz,
Nordeste dum povo forte,
Tendo azar ou tendo sorte,
Mas é um povo muito feliz.

Citar a cultura nordestina
Convém sempre registrar,
Tempos bastante difíceis
Os quais posso relembrar.
A seca que predominava,
O nosso povo castigando.
Onde o coronelismo era lei,
Latifundiário agia como rei,
A classe pobre humilhando.

Uma região que já sofreu
Nas mãos de cangaceiros,
Bandidos e malfeitores
Assassinos e pistoleiros.
Mas que nunca se rendeu
E não se entregou jamais.
E após todo esse tempo,
Entre tantos contratempos,
Vive momentos de paz.

Nordeste de muitos líderes
Entre eles cito Lampião,
O seu nome era Virgulino
O maior terror do Sertão.
Ouçam o que lhes digo
Sem dúvida no que falo:
O cangaço era seu destino
Outro igual não imagino,
Ou então, aqui me calo.

Seu sobrenome era perigo
Era um cangaceiro do diabo,
Fiquem atentos ao que digo:
Lampião fora um renegado.
Saqueava sítios e cidades,
Extorquia alguns fazendeiros
Que tinham cabeças de gado,
E viam seus bens roubados
Pelas mãos dos cangaceiros.

Mas há quem diga, inclusive
Que Lampião vinha socorrer,
Aos pobres e aos desvalidos
A quem lhes dava de comer.
E quem desejou conhecer
De Lampião a sua história,
Fora um cangaceiro famoso
Mas um bandido meticuloso
Que ficou na nossa memória.

Houve grandes cangaceiros
No século passado e distante,
Até as décadas de 30 e 40
O cangaço era constante.
Lampião e Antônio Silvino,
Corisco e Jesuíno Brilhante,
Foram temidos e lideraram
Bandos que depois acabaram
Ou foram mortos pelas volantes.

Aquele Nordeste do cangaço
Como mostram na televisão,
Há muito que ficou para trás,
Surgindo uma nova geração.
O Nordeste hoje é uma região
Que o ano todo atrai turistas,
Gente que vem pra conhecer
Nossa natureza e a se saber,
Praias a se perder de vista.


       Paulo Seixas e Matheus Alves, aluno do 3° ano medio do Colégio Ernestão


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