... E O RIO CONTINUA LINDO, APESAR DE TUDO!
A cidade do Rio de
Janeiro, bem como outras grandes metrópoles brasileiras, sofre de um mal
crônico que afeta diretamente milhões de pessoas. Trata-se do problema das
enchentes, uma consequência trágica das chuvas que caem torrencialmente nesses
centros urbanos. Cada vez mais impermeabilizados pelo concreto, os solos dessas
localidades já não conseguem escoar uma demanda mais forte de águas pluviais, e
também devido ao descaso do lixo que diariamente é jogado nas ruas, entupindo
bueiros e canais.
No início desta semana, o
Rio, mais uma vez, foi vítima desse problema, um desafio em primeira instância
para as autoridades e o qual parece não haver uma solução. Mas tem sim! Embora
a cada novo temporal o carioca conte os seus mortos e prejuízos materiais,
sujeitando-se a ter que esperar por uma nova tragédia. Uma situação que se
repete praticamente a cada ano que passa, para desespero de todos.
Antes de tudo, deve-se
enxergar esse processo de ordem natural e também social como um imenso desafio.
E como todo grande desafio, por maior que seja, pode ser superado.
Conscientizar as pessoas da importância de não jogar lixo nas ruas já é um bom
começo, assim como manter sempre limpas as passagens pluviais, canais e esgotos
das cidades, uma obrigação das autoridades competentes. Mas principalmente,
combater com certa regularidade o assoreamento dos rios e a poluição dos mesmos
nessas localidades urbanas, desobstruindo-os de quaisquer bloqueios causados,
em especial, pelo excesso do lixo.
O planejamento, no
entanto, torna-se necessário a partir do momento em que uma cidade venha a
crescer desordenadamente e não respeite alguns limites impostos pela própria
natureza. Não dá pra imaginar que uma casa construída no leito de um rio possa
resistir ao poder devastador de uma enxurrada. Ou que seja viável a construção
de barracos em terrenos que se encontrem em um nível abaixo ou acima do
permitido. É fato que muita coisa pode ser evitada, não há qualquer dúvida.
Portanto, cabe a todos procurar não desafiar as forças da natureza.
Paulo A. Vieira, 07/04/2010
O Rio tem muitos problemas pra se resolver, tanto naturais como de ordem social
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