Em 2012, quando resolvi candidatar-me a
vereador pelo município de Queimadas/PB (se arrependimento matasse...), aconteceu um fato embaraçoso comigo e
o qual procurei transformar em algo engraçado.
Ao descer do palanque de onde eu havia acabado de discursar em versos (essa era a minha estratégia utilizada), em uma comunidade
rural, uma garota se aproximou de mim, acompanhada de sua mãe.
A menina, que aparentava ter uns quinze
anos de idade ou mais, confirmou comigo se eu era candidato e já foi logo me
fazendo uma proposta.
Com o aval e a cumplicidade de sua mãe,
ela afirmou que aquele seria o seu primeiro voto, mas que só votaria em um
candidato que lhe desse alguma coisa. Certamente ela usou desse impulso com
mais de um postulante...
Se ela pudesse imaginar que eu, por
vezes, não tinha dinheiro no bolso sequer pra um cafezinho, jamais se
aproximaria de mim.
E
aí, ao me questionar sobre o que eu poderia dar para ela, naquele momento, não pensei duas vezes: disse-lhe carinhosamente que podia lhe dar um beijo e um abraço. Mas com todo o
respeito, claro.
Nem preciso dizer que essa proposta não
agradou mãe e filha e me deixaram no vácuo...
Esse episódio, inclusive, foi lembrado
num cordel que escrevi, onde pude contar algumas das minhas
"aventuras" no meio político.
Lembro-me até de um lance
Que se apresentou insólito,
Da mocinha que me pediu
Algo em troca de seu voto.
Só pude oferecer um abraço
Acompanhado de uma foto.
Espero de um candidato que ele trabalhe e faça por merecer o mandato a que foi designado.
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