DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO
CINEMA NO BRASIL
A sétima arte, apesar do quanto se popularizou ao longo dos anos, ainda
continua sendo um entretenimento caro, onde o acesso a salas de cinemas sempre pesa
um pouco nas camadas mais pobres da população. O hábito de acompanhar os últimos
lançamentos na telona, infelizmente, não alcança a todos, havendo, pois, a
necessidade de se buscar uma democratização nesse sentido.
Apenas historicizando, o cinema brasileiro teve o seu auge entre as
décadas de 1950 a 1970, com as famosas chanchadas e o surgimento do cinema
novo, através de produções que depois virariam clássicos, a exemplo dos filmes
de Glauber Rocha, como Deus e o Diabo na Terra do Sol. Todavia, o cinema nacional
jamais ganhou um Oscar na categoria de filme estrangeiro, apenas concorrendo
com chances reais no longa Central do Brasil, protagonizado por Fernanda
Montenegro.
Entretanto, o cinema nacional vem retomando o seu crescimento,
gradativamente, com ou sem o incentivo da lei Rouanet, tanto que algumas
produções têm conquistado prêmios importantes. Em consequência disto, mais
salas de cinema tem surgido nos últimos anos, especialmente em shoppings, onde
esse entretenimento melhor se identifica.
Ignorando o fato de que o cinema no Brasil é uma cultura senão pouco
difundida, pouco incentivada, assistir a filmes ainda é algo relativamente
caro, uma diversão que pode pesar no bolso dos mais pobres ou que não têm
acesso à meia entrada. O preço do ingresso em finais de semana, aliado à pipoca
e ao refrigerante, fica realmente um pouco salgado.
Caberia, portanto, ao Ministério da Cultura e
órgãos relacionados, uma completa descentralização nesse meio, além de uma
quebra na questão cultural, uma vez que o brasileiro se conforma muito fácil
com aquilo que lhe impõem. Num país onde a política do pão e circo sempre
predominou, já está mais do que na hora de exigir também a bebida, a diversão,
a arte...
Paulo Seixas,
03/11/2019
Levando em consideração a pressão do tempo, até que ficou bem razoável.
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