Prepare-se eleitor:
A
corrida atrás do voto já começou!
Parte
2
Não há nada mais deprimente
Do que período de eleição,
Ver candidatos sorridentes,
Mentindo e apertando mão.
Logo, logo estarão aparecendo,
Comprando votos, prometendo,
Trazendo a todos uma ilusão.
Alguns pretensos legisladores
Não medem nenhum esforço,
Enxergam a campanha no papo;
Dentro do seu próprio bolso.
Uma atitude mais que suspeita
Dessa gente que se aproveita
De quem só vive no sufoco.
O perfil de qualquer candidato
Vai de acordo com sua conduta.
Aquele que é competente, sensato,
Traz consigo uma vida de luta.
Mas, às vezes, a aparência engana,
Leva o eleitor a votar num sacana,
Um tremendo de um filha da p...
E nem poderia ser diferente
Vendo as coisas como estão,
Pois nada muda simplesmente,
Repetindo-se a cada eleição.
Gente querendo se “arranjar”,
Se dar bem e se aproveitar
À custa de toda população.
A busca previsível por voto
Intensificou-se desde janeiro,
Chega por vezes, ser assustador,
Em grande parte, um desespero.
Tem indivíduo que fica até rouco
Prometendo de tudo um pouco
E esbanjando muito dinheiro.
Tem gente apostando alto
Empenhando tudo que tem,
Na pré-campanha fica surdo
Não ouve conselho de ninguém.
Mas um dia ele haverá de ouvir
Quando o resultado, enfim, sair
No pleito de outubro que vem.
Eleição para o legislativo
Há muito virou “investimento”,
É uma garantia de emprego
Com um excelente rendimento.
São quatro anos de “fartura”
Vivendo à sombra da prefeitura,
Sem qualquer aborrecimento.
Em particular, aquele vereador
Que se esconde atrás do mandato,
Não fazendo nada pelo eleitor,
Sequer um “projetinho ingrato”.
Mas nem sempre ele foi tão ruim,
A posição que o tornou assim,
Subindo-lhe à cabeça, de fato.
Isso é uma questão cultural
Muito difícil de ser mudada,
Pois onde não entra o “Real”
Torna a eleição complicada.
Exceção na política somente
Em uma minoria consciente,
De honestidade comprovada.
Encontrar um político honesto
Realmente, torna-se um dilema.
Todo candidato se diz: Eu presto!
No entanto, mente de fazer pena.
E, após eleitos, a lei os acoberta.
Ao eleitor, resta uma coisa certa:
Tem que mudar esse sistema.
Há o eleitor que difama político
Por não fazer valer seu mandato.
E, muitas vezes, foi quem o elegeu,
Pois só pensou no lucro imediato.
Pior do que um político ladrão
Foi quem o elegeu sem razão,
O verdadeiro culpado de fato.
“Vendem” seu voto por dinheiro,
Aceitam também em mercadoria,
Seja cimento, botijão, dentadura...
O voto é vendido e sem garantia.
Depois, não insistam em reclamar,
Só quem pode exigir e até cobrar
É aquele que vota com sabedoria.
Quando o pobre fica doente
E procura por um hospital,
É tratado como indigente -
Um atendimento sempre igual.
Nessas horas deveria lembrar
Quanto “recebeu” para votar
Naquele seu fulano de tal.
Por isso, bem antes das eleições,
Vamos iniciar uma campanha,
Esclarecendo para os eleitores
Que obtêm qualquer barganha:
Nunca dizer pra não aceitarem,
Mas apenas para não votarem
Nos autores dessas artimanhas.
Há muito eleitor que se “vende”,
A necessidade nos faz perceber.
Mas, no fundo, ele só pretende
Unir a fome e a vontade de comer.
Vende o voto a um, a dois, a cem,
Acaba não votando em ninguém;
É o que todos deveriam fazer!!!
Se tá ruim para todo mundo
Imaginem para nós, brasileiros!
Muitos estão desempregados,
Em um profundo desespero.
Portanto, não há como julgar
Se algum eleitor vir aceitar
Quem lhe ofereça dinheiro.
A ideia é que todo eleitor
Jamais se sinta comprado.
Diante de sua necessidade
Aceite, sim, e diga obrigado.
Porém, no dia da eleição
Não se sinta na obrigação
De votar porque foi “pago”.
Até porque o eleitor coerente
Atualmente tem outra visão,
Ficou bem mais experiente
E agora vota com a razão.
Porém, não vai se fazer de tal,
Quem vier lhe oferecer “Real”
Será recebido com atenção.
Com atenção ao “perseguido”
Que ali está sendo ofertado,
O qual será logo recolhido
E acrescido de um obrigado.
Não carecendo se comprometer,
Pois o voto ninguém irá ver;
Este é um segredo de Estado!
O eleitorado faz a diferença
Seu pensamento é importante,
Sabe que não há mais decência
Nos políticos como era antes.
E agora faz do voto um protesto
Tendo em mente seu manifesto
Na escolha dos representantes.
Guardem suas consciências
Para o que realmente merece.
Um candidato que lhe “compra”
Depois de eleito, lhe esquece.
Não vai trabalhar pela cidade,
Nem fazer qualquer “caridade”;
Durante os 4 anos, desaparece.
Aquele político “Silvio Santos”
Que distribuiu muito dinheiro,
Elegeu-se e só irá ressarcir
Durante quatro anos inteiros
Toda a grana que “investiu”,
Mandando pra p... que o pariu
Quem souber de seu paradeiro.
Portanto, peguem o dinheiro,
Enfraqueçam esses candidatos,
Votando em quem tem ideias
E projetos acessíveis, de fato.
Não se enganem com favores,
É atribuição dos vereadores
Fazer por merecer o mandato.
Bote uma coisa na sua cabeça:
Por dinheiro, todos correm atrás.
Aceite a grana, mas não esqueça;
Na urna é você e ninguém mais.
Pulso firme, não perca a calma,
Ninguém vai comprar sua alma,
Nem por cinquenta ou cem Reais.
Paulo Seixas, fevereiro/2024
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