HOJE, 18 DE
DEZEMBRO DE 2013, TRÊS ANOS DO
BLOG LITERÁRIO
– e interdisciplinar
– PAULO SEIXAS -
UMA POSTAGEM
SUPER EXCLUSIVA
Utilizando-me
apenas de pronomes e alguns adjetivos desprezíveis (#$@$%$#), consegui narrar toda uma
trajetória amorosa/sentimental que vivi com certa pessoa, a qual, felizmente, sumiu
da minha vida para sempre. Iniciei esse texto dois meses antes do fim...
Capítulo I
Por ela eu abria mão
de tudo, qualquer coisa que fosse, pois nada mais me interessava quando estava
do seu lado. Eu faltava ao trabalho, à faculdade, às obrigações do dia a dia...
deixava, inclusive, de atender o meu próprio celular, porque a prioridade era
dar atenção a ela, cobrindo-a de carinho e afeição. Por sua vez, ela nunca
abriu mão de nada por mim, por algo mais insignificante que fosse. Pelo
contrário, qualquer bobagem era mais interessante, mais importante do que eu. Era
notório aquele seu egoísmo. E ainda dizia que me amava...
Se ela tivesse sete chances de me ver na semana, reservava uma para mim. Era mesmo assim, de uma “generosidade” inigualável
comigo. E o que a infeliz fazia com o restante dos dias, somente Deus e ela é
que sabem. Como se tratavam de encontros escondidos (por imposição dela), creio
que, provavelmente, ela devia hesitar um pouco. Tinha medo, talvez, de ficar
“manjada” na rua, à medida que viesse com mais frequência na minha casa. Sim, a
casa dos meus pais, esse era o único lugar possível onde podíamos nos
encontrar. Nosso refúgio e porto seguro, o ambiente onde ela sentia-se mais
tranquila. Primeiro, porque era bem recebida por todos, e segundo, porque
podia confiar em mim (infelizmente, nunca pude ser recíproco nessa questão).
Desde que a conheci não me lembro de haver
passado um só domingo, feriado ou qualquer outro dia festivo ao seu lado.
Como já deixei bem claro, ela me trocava por qualquer coisa, festinhas, passeios com as
amigas, baladas... e até por um telefonema. É que os seus “amiguinho(a)s” estavam
sempre em primeiro lugar, despertando em mim uma mistura de ciúmes e ódio
simultâneos. Essas suas atitudes suspeitas, por si só, já se caracterizavam
como uma traição. Fico aqui, imaginando o que ela escondia de mim, as verdadeiras
histórias que não me revelava. Tudo bem. O que os olhos não veem o coração não
sente, não é? Pois bem, o único problema é que EU NÃO NASCI COM VOCAÇÃO PRA SER CORNO!
Agora eu me pergunto: Se eu não podia contar
com a sua presença em alguns momentos importantes da minha vida, então pra que
ela iria me servir? Reconheço que, por vezes, eu sentia um medo terrível de
perdê-la, não gostava nem de pensar nessa possibilidade. E o pior é que eu
demonstrava isso. Eu vivia em suas mãos, diga-se de passagem.
De uma pessoa que mente e esconde os fatos,
podemos sempre duvidar, sem corrermos o risco de fazer um pré julgamento e uma
avaliação precipitada. E ela sempre foi assim, uma mentirosa compulsiva, uma
garota possivelmente com algum distúrbio mental, ou falta de caráter mesmo. Dizia-se
religiosa, e que frequentava semanalmente uma igreja evangélica, embora eu
considerasse isso uma blasfêmia perante Deus. Mas o pior mesmo era ter que
suportar o seu vício com o celular,
uma das causas de tanta discussão entre
nós, e um dos principais motivos (creio eu) que a fez se afastar
de mim mais uma vez.
Por não termos nada assumido, nenhum vínculo
que pudesse lembrar um namoro tradicional (apesar de que eu, tantas vezes,
implorei para que ela ficasse comigo de verdade), por isso mesmo, ela sentia-se
livre e no direito de fazer o que bem queria. Para ela não havia limites,
usando sempre aquela máscara de menina ingênua e, para todos os efeitos, livre e desimpedida. Eu
não sei
ao certo o que ela pretendia com aquilo, embora dissesse que não aceitava
galanteios de ninguém. Eu dava-lhe liberdade até demais, respeitando, enfim,
quem não me respeitava.
As ligações recebidas em seu celular eram
constantes. Muitos “amigos” solicitando a sua presença sabe-se lá onde. Sem
falar nas mensagens de SMS,
algo que ela escondia de mim com fervor. Mas não demorou muito para que eu
percebesse que estava sendo passado pra trás dentro do meu próprio lar. Eu ali,
completamente apaixonado, sendo traído de alguma maneira por uma garota
insensível, sádica. E o que mais me impressionava é que aquilo para ela era
tudo muito natural, como se os meus sentimentos não tivessem nenhum
significado. Como diria o LIXO MUSICAL que ela escutava, “Cara
de santa, mas não engana não...” A sua personalidade era influenciada pela “música”
negativa que ouvia.
Capítulo II
Quando a conheci, ela ainda era menor de idade,
mas tinha suas ideias e conceitos já bem definidos. Lembro-me como se fosse
hoje, naquele ônibus... uma aproximação eu diria, um tanto “fácil” demais para o
meu gosto (Isso aconteceu entre os meses finais de 2011). Entre uma conversa e
outra, marcamos de nos encontrar qualquer dia, para nos conhecermos melhor.
Inicialmente eu via aquilo como uma simples amizade, pois não se passava jamais
pela minha cabeça que eu acabaria vivendo um romance com aquela menina. Porém,
na data marcada deste encontro ela não compareceu, vindo se justificar muito
tempo depois.
Por volta de março/abril de 2012, quando decidi
participar da política em Queimadas como candidato (que furada!), comecei a
“recrutar” todos os amigos e conhecidos até então, ligando para vários deles,
na intenção de me darem uma força nas urnas. E lá estava o telefone da
mentirosa, para quem eu liguei e me atendeu super bem. Marcamos então um novo
encontro ao qual, desta vez, ela compareceu prontamente (no mesmo lugar de
antes, uma sorveteria na rodoviária velha, em Campina Grande).
Precisava mostrar-lhe algumas ideias e projetos no meu notebook, e esse foi um
bom pretexto pra gente se ver. Ela pouco se importou com o que lhe apresentei.
Por insistência minha, passamos a nos encontrar
por mais vezes. Eu a tratava como uma princesa, visto que ela se declarava uma
garota “virgem”, alguém com quem eu não ousaria, tão logo, tentar “avançar o
sinal”. Nosso primeiro beijo surgiu quando a levei pra conhecer minha
faculdade, à época, no bairro de São José, em Campina, não muito longe de onde
eu moro. Porém, ela acabou se “adaptando” melhor na minha casa, especificamente
no meu quarto, pois se recusava em me abraçar e me beijar perante os outros. A
essa altura, era como se dizia antigamente, um namoro de adolescentes, um
encantamento que depois viraria um tormento na minha vida. O demônio logo se
revelaria...
A
diferença gritante de idade entre nós não era nenhum empecilho, apesar de eu saber
o porquê dela não se incomodar em nada com esse pequeno detalhe. Por se tratar
de um romance basicamente escondido, isso a isentava de qualquer
constrangimento. Duvido muito que algum dia ela pretendesse me apresentar a
alguém, amigos e familiares, ou simplesmente, andar comigo de mãos dadas.
Encontramo-nos dezenas de vezes, durante quase
todo o ano de 2012, o que resultou numa completa dependência minha diante dela.
Cometi a burrice de me apaixonar perdidamente pela pessoa errada, na medida em
que crescia o nosso grau de intimidades. Eu sabia o que estava fazendo, porém
parecia não querer enxergar o óbvio. Mas o pior ainda estava por vir.
Capítulo III
Até que, em janeiro deste ano, ela simplesmente
sumiu, desapareceu da minha vida. Sofri muito com isso, mas decidi não
procurá-la nunca mais. Meu orgulho estava em jogo, e eu não podia me revelar um
fraco. E assim, resolvi tentar tirá-la de vez da minha cabeça, pois sabia que,
mais cedo ou mais tarde, eu acabaria esquecendo-a. Segundo a sabedoria popular, o tempo é o senhor da razão, só ele pode determinar tudo.
No entanto, dia 06 de junho deste ano, ela me
ligou. Até já havia apagado seu número da minha agenda. Ao reconhecer sua voz,
imediatamente desliguei, mas não antes de dar-lhe uns bons esculachos. A partir
daí ela começou a me enviar vários torpedos, implorando por uma volta (Até por
precaução, arquivei essas mensagens no meu celular. Possa ser que um dia eu
precise delas...). Entre elas, perguntava-me se ainda tinha chances comigo,
pois desejava como nunca ser feliz ao meu lado. PQP!
Acontece que eu havia encontrado algumas fotos suas
em um Facebook
(um de tantos que ela possuía), onde ela afirmava ter voltado com o seu ex, um
carinha da igreja e que, provavelmente, fora seu primeiro namorado. Essas
fotos, um tanto atuais, foram postadas em novembro/dezembro do ano passado. O
que, naturalmente, comprovavam uma traição. É constrangedor para mim ter que
admitir isso, o fato de eu ter sido traído assim, dessa maneira, mas com uma
ressalva: Eu nunca confiei plenamente nela, algo que sempre procurei deixar bem
claro. Sobre essas fotografias, ela sempre me negou qualquer explicação. E
ainda me veio com uma desculpa esfarrapada de que precisava se “vingar” desse seu
ex e por isso, precisou se afastar de mim para não ter que me trair. Maldita.
Até hoje nunca procurei entender nada disso.
O fato é que, durante esse afastamento, ela procurou
saber de tudo a meu respeito, inclusive que eu estava sozinho (pra variar). E assim
resolveu infernizar a minha vidinha metódica mais uma vez, dizendo-se uma
pessoa completamente mudada. Putz! O pior foi ter que engolir tudo isso e
aceitá-la de volta, pois já não me aguentava de tanta saudade daquela
desgraçada.
Capítulo IV
No início foi até bom, ela se mostrava
realmente esforçada em mudar, agraciando-me com atitudes um tanto “maduras”, alimentando
em mim todo e qualquer desejo contido. Tinha dias que tava mais carinhosa
comigo, outros nem tanto. Eu a desejava por demais. Acabou-se então o mês de junho, julho, entrou agosto. E aquele
seu celular maldito sempre insistia em tocar quando estávamos juntos (com
toques bem discutíveis). Ela então me largava e parava pra atender, qualquer
chamado que fosse, o que acabava ocasionando sérias brigas, no mínimo, uma DR. Diante dessas
circunstâncias, tão logo eu iria ter que optar, ou ela ou a minha saúde.
Reunindo o restinho de dignidade que ainda me
sobrara, por duas vezes decidi terminar com tudo, já que ela não me ouvia mais
e tampouco, iria querer me assumir um dia como namorado. Mas ela sempre dava um
jeito de contornar a situação, e acabava me convencendo a continuar. Volto a
repetir aquele ditado, o que os olhos não vêem o coração não sente...
Cheguei ao ponto de ter que bloquear o seu Facebook
“oficial” do meu, um dos únicos contatos que tínhamos, pois já não suportava mais
ver tanto sujeito “cantando” a garota que eu amava. É que ela dava motivos para
isso. Nas últimas semanas, eu também já nem ligava mais para ela, pois quase
sempre o seu requisitado celular estava ocupado. E aquilo me irritava por
demais. Eu apenas retornava as suas poucas ligações à cobrar, onde geralmente
era para me pedir alguma coisa. As 24 horas do dia eram poucas para ela no
celular.
Se eu a
encontrasse na rua, por acaso, sua atenção redobrava, pois
ficava preocupada com minhas atitudes, com minhas palavras. Inclusive, eu procurava
nem andar do seu lado, visto que não podia mesmo demonstrar qualquer forma de
carinho, de afago, como um simples abraço. Entretanto, eu tinha que aturar os
olhares cruzados para ela, de homens visivelmente com segundas intenções. Ela parecia
querer me provocar, sempre, desmanchando-se em simpatia para todos.
Capítulo V
Hoje, dia 13 de agosto/ 2013, resolvi parar um
pouco e tentar escrever este desabafo. Já faz alguns dias que ela sumiu
novamente, e agora sem volta, já que eu ameacei contar esse nosso caso para
certa pessoa (sua irmã mais velha), caso ela me deixasse e tentasse voltar. Não
vou permitir que ela bagunce de novo a minha vida. Como já lhe disse um dia, é melhor
sofrer de uma só vez do que parcelado, como era ao seu lado.
Após qualquer discussão nossa, eu sempre lhe
perguntava: Afinal, o que queres e o que sentes por mim? Ela então me
respondia, invariavelmente, com um beijo acalorado, e eu acabava entendendo
aquilo como sendo uma resposta. O tempo foi passando, a gente já não se
entendia mais e, enfim, não deu. Era muita concorrência pro meu gosto. Eu a
amava muito, sinto que aquilo era mais do que uma paixão. Era algo que doía em
mim por dentro, que queimava em meu peito. Eu vivia pra ela e por ela, e isso é
tudo que posso dizer. Mas nem por isso, nunca admiti o fato de ter que
dividi-la com ninguém.
Se ela realmente me traiu mais uma vez,
fisicamente falando, deixarei por conta de sua consciência. Da minha parte, nunca
tive o que esconder. Inclusive, durante todo esse tempo, abstive-me sexualmente por amor a ela, um gesto
de carinho e dedicação que somente eu entendia. Jamais olhei para outra mulher
enquanto estivemos juntos, nesse nosso “fica” eterno que durou, ao todo, mais
de um ano. Não costumo conviver com culpas ou arrependimentos.
Tenho certeza de que lhe ensinei muita coisa
bacana, transmitido-lhe algumas experiências e alertando-a de todos os perigos possíveis, numa tentativa inútil e
desesperada de afastá-la daquilo que não prestava, das coisas fúteis que ela
praticava e que só viriam a prejudicá-la depois. Mas a sua cabecinha ingênua
parece que nunca absorveu nada do que eu disse durante todo esse tempo.
Capítulo VI
Cerca de um mês atrás, senti-me obrigado a
estabelecer algumas regras de convivência entre nós, “impondo-lhe” também
aquilo que denominei de
OS 10 MANDAMENTOS DO BOM RELACIONAMENTO
1 – Não mentir, jamais.
(Minta para mim somente
quando eu mentir para você)
2 – Não me esconder, nem omitir algo que seja do meu interesse.
Jogar limpo.
3 – Não atender
celular enquanto estivermos juntos, principalmente em horário impróprio. Salvo
algum telefonema importante.
4 – Não trazer pra esta casa músicas torpes, que mais
combinam com prostitutas.
5 – Pontualidade nos compromissos.
6 – Sua vida social, seus amigos, especialmente homens, não
me interessam.
7 – Não me prometer, NUNCA,
aquilo que você já sabe de antemão que não vai poder cumprir.
8 – Não iniciar comigo NADA que você não queira terminar...
9 – Sem brincadeiras de mau gosto, do tipo tapinhas na cara,
arranhões e outras.
10 – Estar sempre
aberta para dizer o que pensa, mesmo que seja pra acabar com esse romance
escondido.
Enfim,
de nada isso adiantou. Por incrível que pareça, ela não cumpriu absolutamente nada
do que leu, até por pirraça. Ela não era do tipo que gostasse de dar qualquer
satisfação dos seus atos. E quando dava, geralmente era mentira. Pobre coitada!
Vai sofrer muito ainda nessa vida. Ela se acha auto-suficiente demais para não
precisar sequer de um conselho. Se tivesse, ao menos, um pouco mais de conhecimento, jamais iria pensar desse jeito.
Disse-lhe certa vez que nenhum rapaz sério com
o qual ela pretendesse namorar, um dia, iria aceitar 1% das humilhações que me
fez passar. Mentiu demais pra mim, ultrapassando todos os limites permitidos.
Fez-me sofrer muito. Mas acabou, felizmente.
Aquela menina egoísta que um dia conheci,
narcisista por natureza, e que sempre afirmou não confiar nos homens (suas
companhias erradas parecem não contar), só soube o que foi sofrer, de verdade,
quando no ano passado perdeu um ente querido, algo que só pude mesmo acompanhar
à distância (eu era proibido de manter contato com os seus familiares. Com
exceção da cidade, até hoje eu não sei sequer onde fica a rua em que ela mora).
Fora isso, afirmo com toda convicção que não há mais ninguém nesse mundo com
quem ela possa se preocupar. Ela não ama ninguém, pelo contrário, ela se ama
exageradamente.
Há uma frase que diz assim: “Amor não
correspondido vai virando tudo em deserto...”
É dessa forma que enxergo a inutilidade dos meus sentimentos para com
ela. Quanto tempo perdido... E somente agora consigo parar e perceber isso melhor.
Antes tarde do que nunca! Melhor mesmo é pensar no meu TCC, na conclusão do meu Curso e,
depois, encontrar uma mulher que mereça os meus sentimentos mais puros e
verdadeiros. E que estes não venham a ser jogados no lixo mais uma vez.
“...O ódio não é o real,
é a ausência do amor!” (Raul Seixas)
Capítulo VII
Dois dias após haver escrito este desabafo, e
contradizendo muita coisa do que disse, EU resolvi ligar para ela. Precisava saber, de alguma forma,
o que tinha acontecido desta vez. Pra minha surpresa,
ela me atendeu como se nada tivesse
acontecido, porém não me explicando o motivo do desaparecimento. No dia seguinte veio na
minha casa, onde a recebi com uma falsa história de traição que
eu havia cometido, algo que eu já vinha prometendo fazer seriamente há um bom tempo. Queria
testar os seus sentimentos. Ela então chorou (lágrimas de crocodilo? Vai
saber...), disse que ia embora pra sempre e que eu não tentasse impedi-la. E
assim, a segurei pelo braço, beijei-lhe calorosamente e... mas isso é uma outra
história.
Não
percam na próxima postagem o desfecho inimaginável dessa história, com uma
revelação digna de novela das 9 e que irá surpreender a todos. Até lá!