domingo, 15 de junho de 2014

MINHAS MEMÓRIAS - CAP. 9 - 2ª PARTE

Algumas crianças que participavam das minhas dinâmicas, na comunidade do Caju, Rio
Brincando com crianças
Dinâmicas / Interação
(Memórias Atuais)

BRINCADEIRA DOS CÍRCULOS,
utilizando nomes de frutas, números pares...
Para a realização desta brincadeira é necessária a presença de, pelo menos, umas dez ou doze crianças, meninos e meninas com até 12 anos de idade, além de um espaço suficiente (uma calçada), reservado para rabiscar no chão os círculos correspondentes a cada um dos participantes.
Distribuídos circunferencialmente e com áreas iguais entre si (uma roda de círculos), durante toda a brincadeira estes espaços passam a ser as “casas” de cada criança que, por sua vez, deverá pular para o círculo vizinho (em sentido horário e sempre ao meu comando) a cada vez que eu pronunciar uma palavra combinada, frutas, por exemplo (ou números pares).
Se, em vez disso, eu disser outra coisa, todos deverão permanecer imóveis. Deixa o círculo aquele que se mexer, pisar na faixa ou deslocar-se do seu lugar. E vence aquele que ficar por último, levando algum brinde.

BRINCADEIRA DAS GARRAFAS
Minha sobrinha Maria Eduarda
 A princípio, se for enxergada por outro ângulo, pode até parecer uma tortura. As crianças, no entanto, adoram essa brincadeira.
Para tanto, reúnem-se alguns participantes (acima de cinco), entre 10 e 15 anos de idade. O objetivo singular desta brincadeira é fazer com que todos fiquem de pé, de frente para um ponto fixo, segurando uma garrafa PET cheia de água. Mas com um detalhe: os braços devem permanecer erguidos e esticados, horizontalmente, sendo o vencedor aquele que permanecer por último.
Antes de tudo, é bom recomendar que, depois de um ou dois minutos, o membro do participante fica trêmulo e um misto de dor e “formigamento” começa a espalhar-se por seu corpo; entre três e quatro minutos, vai ficando realmente insuportável. E somente a vontade de ganhar algum prêmio em questão fala mais alto. Um verdadeiro show explícito de caretas e gemidos.

QUESTIONÁRIOS INSTANTÂNEOS
Descritos também no capítulo anterior, estes questionários consistem basicamente de algumas folhas avulsas, contendo 60 perguntas cada, para serem respondidas de acordo com as regras previamente estabelecidas.
Normalmente, reúnem-se entre oito e dez crianças, com idades em torno de 10 ou 12 anos. Na medida em que vou fazendo as perguntas, por exemplo: “Qual foi a oração ensinada por Jesus Cristo?”, aquele que souber a resposta irá gritar primeiro. Marcar-se-á, então, um ponto para a criança.
Uma brincadeira bem divertida e um tanto instrutiva, com questões bastante variadas, que envolvem desde o aprendizado didático do Ensino Fundamental I, antigo Primário, até conhecimentos gerais de nível fácil, curiosidades, pegadinhas e muito mais.
Atende especialmente às necessidades educacionais e sócio-culturais básicas de todos os participantes, crianças e adolescentes. E, ao final, quem acerta o maior número de respostas ainda poderá ganhar um brinde. Como diria o meu pai, “melhor que isso, só se for de verdade”.

JOGO DOS PROVÉRBIOS E DITADOS POPULARES
Em janeiro deste ano, 2009, quando decidi retornar de vez à Paraíba, durante a viagem de ônibus (cansativa...) tive uma ideia bastante original para a realização de uma nova brincadeira, baseada em ditados populares.
“Puxando” pela memória, lembrei, pelo menos, umas 100 frases da minha coleção, as quais eu procurei escrever apenas a metade de cada uma. A princípio, a ideia era de que estas frases pudessem ser concluídas depois, durante algum tipo de jogo que, até o momento, ainda não estava definido.
Ao chegar em Campina Grande, pus esse “projeto” logo em prática, reunindo numa sala algumas crianças mais “crescidinhas”, algo em torno de umas sete “cabeças”. Desenvolvi também algumas regras e estipulei, é claro, um pequeno prêmio para o primeiro lugar.
Em sentido horário e por ordem de vez, todos responderam aos ditados que conheciam, complementando-os ou, conforme fosse, passando adiante aquelas frases que não sabiam concluir. Com mais alguns ajustes necessários, acabei estabelecendo, enfim, a ordem e os critérios de uma nova brincadeira. Por sinal, uma das melhores que costumo realizar.

ARREMESSO DE DARDOS
Arremessar dardos não chega a ser nenhum entretenimento novo. No entanto, desde o dia em que um amigo porteiro, ainda no Rio de Janeiro, presenteou-me com duas dúzias e meia deles, eu procurei, a partir de então, desenvolver certas competições utilizando-me desses tais “brinquedinhos” pontiagudos, um tanto pequenos, porém relativamente perigosos.
Empregando para tanto, um alvo improvisado de madeira com uma pontuação básica e oferecendo, para variar, uma premiação quase sempre compensatória, o que eu já “investi” nesse tipo de brincadeira não foi pouco. Contudo, o retorno para mim sempre foi algo afetivo, apenas e tão somente uma “retribuição emocional”. Para crianças, jovens e adultos.

RELOGINHO – HORA CERTA
Um passatempo curioso que adaptei de um programa da Angélica (Tv Globo), onde se aplicam, com ênfase, a dedução Matemática e o raciocínio lógico. Trata-se, pois, de uma brincadeira diferente, mais ligada a um jogo.
     Primeiro, escolhem-se os “jogadores”, de três a cinco adolescentes, preferencialmente, que terão como objetivo descobrir a hora oculta, uma hora qualquer fixada entre 01h00 até 12h59 e que, a essa altura, já fora previamente escolhida por mim. Ficando, portanto, guardada a sete chaves.
      Com uma tabela na mão e os nomes dos respectivos participantes, eu procuro colher os lances individualmente, palpites do que possa vir a ser a hora certa escolhida. O chute aqui se torna imprescindível.
      Apostas feitas inicia-se, então, o jogo. Lembrando que, a cada rodada, restrinjo-me apenas em dizer quem se aproximou mais da hora em questão, o que se torna um fator determinante para o prosseguimento da partida.
Continuando sempre a partir do lance mais próximo, fica, assim, o desafio para o participante em estabelecer um perímetro a cada nova rodada, uma aproximação para mais ou menos. E assim, na medida em que a partida avança, todos têm chances iguais de cercar a hora certa até que, por fim, alguém decifre o mistério. Valendo um brinde para o acertador. 
                                                                                                TORNEIO DE DADOS/NÚMEROS DO DADO   
Esse torneio consiste basicamente em seguir à risca certos traçados e metas organizacionais de um campeonato de futebol, da mesma forma como se dava antigamente o Campeonato Brasileiro, onde todos jogavam contra todos (aqui, se dá com cubos), restando a grande final. Adaptada em grande parte por mim, a ideia destes torneios permanece ativa até hoje.
Antecipadamente, deve haver o sorteio prévio dos nomes (8, 16 ou 32 jogadores), onde se descobre desde já quem será(ão) o(s) “cabeça(s)-de-chave”. A partir daí, dentro de seu grupo e munido de dois dados, cada jogador irá competir com os demais participantes, tentando fazer, a cada rodada, o maior número possível de pontos.
          A tabela e as regras desse torneio de dados em tudo se assemelham com os métodos que eu aplicava no “Campeonato do pregão”, quando todos os competidores visavam, primordialmente, nunca dispensar nenhuma oportunidade, superando os adversários e classificando-se para as etapas seguintes. Uma competição/brincadeira para todas as idades.
        Outra maneira divertida de brincar com dados (nada apostado, uma vez que os brindes, de regra, são por minha conta) é procurar somar a maior pontuação possível obtida com dois deles, arremessando-os em cerca de dez etapas. Com uma tabela na mão e os nomes de uns dez “guris”, eu organizo para que todos joguem uma vez por rodada, até completar o quadro. Vence, naturalmente, aquele que consegue alcançar um número de pontos superior aos demais. Ou, pelo contrário, com a obtenção da menor soma.

                                                                                 Continua... 

Um comentário:

  1. Awwn, como tô fofinha ai, rsrs. Mas se me verem hoje acredito que não reconheceram, mudei bastante. Que bom relembrar o passado! Que fofinhaa *-*

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