segunda-feira, 30 de novembro de 2015

UM AMOR QUE PRA SEMPRE PERDI


         Textos desenvolvidos por Dário Cunha Cavalcante, editados e corrigidos por Paulo Seixas, com o intuito de levar reflexões e decepções sobre o amor. Mas, acima de tudo, com o objetivo maior de mostrar que amando se vive bem e sendo amado, ainda melhor.



        “Dedico esses singelos poemas a algumas pessoas especiais na minha vida, as quais enchem a cada dia o meu peito de amor e a minha vida de carinho. Consequentemente a transformam em uma fonte inesgotável de paixão, dedicação e cumplicidade.”

          À Suelene Vicente da Silva. Te amo!!! 
    
 

               UM AMOR QUE PRA SEMPRE PERDI

De tanto amar aprendi
Do que o amor é capaz,
E eu até já compreendi
O que este afeto nos faz.
Tem seu lado bom e ruim,
Mas se for só pra ser assim,
Pensarei bem mais em mim,
Sem saber se amarei mais.

        Sou humano e sofredor,
        Não me canso de dizer,
        Falo com toda certeza,
        Deixo a vida transparecer.
        São 24 horas por dia
        E trinta dias por mês,
        Que o meu coração sofre.
        Chego até pensar na morte,

        Sendo o suicida da vez.

Nas lembranças tão distantes
De quem hoje está ausente,
Sinto o gosto em minha boca
Dos seus lábios tão ardentes.
Como se ontem fosse hoje,
Seu vulto continua presente.
E o que faço nessa hora?!
Já que ela foi embora,
Deixando-me aqui carente.


No calor dos seus abraços
Sentia-me tão protegido.

Sou feliz por ter lhe amado.
Hoje fico até agradecido.
Pelo bem que ela me fez,
Disse-lhe mais de uma vez
Que queria ser seu marido.

Nas loucuras desta vida
Busquei apenas encontrar
Esse amor para ser feliz,
Pois fazer o que eu já fiz
Só com fé em Deus se faz.
Pra tudo Deus dá um jeito,
Com ele tudo é perfeito.
O Seu semblante é de paz.


Como pode uma pessoa
Nascer “chatinha” por demais,
Mas com um brilho nos olhos
E encantamento no que faz.

Envolvido em seus encantos,
Eu sempre a desejei tanto.
Nem sei do que era capaz.

Na varanda lá de casa
Logo a lágrima descia,
Quando eu a via passar
Com toda a sua simpatia,
Parecendo uma princesa, 
Toda cercada de beleza

Sem eu saber aonde ela ia.
Eu falava em voz baixa:
- Como podes ser tão bela!
É a mulher com quem sonhei
Pra ser a minha Cinderela.
E numa fração de segundo
Queria gritar para o mundo:
Minha mulher é aquela!

No sertão onde eu vivia 
Hoje lá não volto mais,
Só me restam as saudades 
De alguns tempos atrás,
Da mulher da minha vida
Que me trouxe tanta paz.
Enchendo-me de carinho,
De amor e de muito prazer,
E que hoje, tão distante,
Busco dela me esquecer.
Vou tentando viver a vida
         Junto de uma outra pessoa,
Que em tudo me completa,
Embora não me faça rir à toa.

No silêncio da noite calma,
Na solidão de sua ausência,
Pago caro por ainda lhe desejar,
Chega a doer minha carência.
De longe meu coração reclama
Pela falta de quem tanto ama;
Isso sim que é dependência!

Seu amor pra mim foi tudo.
Com ela não tinha pressa.
Era tão feliz ao seu lado,
Não queria saber de conversa.
Queria mais é aproveitar
O que ela tinha pra me dar,
Dizendo: nada mais interessa.

Olhar apaixonante, boca sensual.
Ao vê-la, eu passava até mal
De tão grande que era o desejo.
Ainda sinto o gosto do seu beijo,
Mesmo há muito a tendo tocado.
Sim, é sensato aqui dizer,
Temia em fazê-la sofrer,
E por ela cometer pecado.

De repente o que eu sentia
Foi levado com o vento.
Hoje o que sinto ainda é forte,
E até me dói aqui por dentro.
Aquele grande amor se findou
E eu que pensava ser eterno,
Chego a sofrer de tanta dor.
As lembranças maltratando
E o coração só apanhando,
Lembrando quem tanto amou.

Queria encontrar um jeito
Carinhoso de lhe falar
Sobre este amor impossível,
Que se tornou inesquecível,
O qual guardei só pra lhe dar.

Desde meus tempos de criança
Que eu já vivia pensando nela,
Quando ao lado da minha casa
Eu a via sorrindo pela janela.
E sem poder lhe falar nada
Ficava ali, só desejando,
Aquela menina tão bela e
Com o seu corpo sonhando.
Passou o tempo, crescemos,
E nada mais foi como antes,
Vivemos tão bons momentos
Lembrados a todo instante.

Sou feliz por ter lhe amado
E nada mais me interessa.
Por saber que tive seu amor,
Vivo a vida sem ter pressa.
O importante é buscar ser feliz.
O que alguém mais me diz
De uma paixão como essa?

Solidão é aquele sentimento
Onde somente a tristeza existe.
Apenas um amor puro prevalece,
Que ninguém venha a ser triste.
Meu orgulho pode ser maior,
Mas ficar sozinho não é melhor;
A felicidade nunca desiste.

Amando a gente vive bem,
Sendo amado ainda melhor.
Solidão assim não fica,
A paixão nos edifica;
É o amor que manda e só.
Pra desfrutar a felicidade
Sem receio do que vier,
Amemos assim, sem temor.
Nessa vida desumana,
Cheia de desigualdade,
Só se colhe o que plantou.

E por falar em plantar,
Lembro da terra adorada,
Do meu povo tão sofrido
Em uma área castigada.
Que à espera de chuvas,
Deseja ver a terra molhada.
Lá vive gente que adoro,
Pois a Deus aqui imploro,
Faz essa gente abençoada.

De amor é que se vive
Para vencer a solidão,
Curando assim as feridas
Dentro de um coração.
E pra nunca mais sofrer
Na vida só basta ter
O fogo de uma paixão.

A saudade só machuca
Um coração sofredor,
Com lembranças do passado
Que ficaram em outro Estado
Da mulher que mais amou.
E para curar tanta dor
Já nem sei mais o que fazer,
Se depois de um longo tempo
Não consigo lhe esquecer.

Só me resta aqui agora
Deixar tudo e ir embora,
Ou com lembranças dela morrer.
Mas de repente o destino
Poderia virar-me ao avesso,
Revelando novo caminho
E também um recomeço.
Tirando de mim a dor,
Colocando um novo amor
Onde só existe desprezo.

A carência só maltrata,
Me machuca e faz doer.
Meu coração é dessa ingrata,
Com sua falta, o que fazer?
Do nada ela assim se foi,
Sem dizer nem mesmo um oi,
Me deixando sem saber.

O amor que hoje espero
Faz de mim muito melhor,
Traz em mim uma certeza
De que nunca viverei só.
E com esse sentimento
De prazer e de tesão
Vivo a vida mais feliz,
Pois com ela eu sempre quis
Queimar no fogo da paixão.

Com o coração magoado,
Sofrendo de tanta dor,
Por causa de certo alguém
Que um dia foi meu amor,
Me pego a pensar demais
Que para amar tudo é capaz,
E pra ser feliz faço o que for.

A felicidade que hoje trago
Só me resta agradecer,
O amor que um dia foi meu
Jamais deixarei padecer.
Com alegria no meu peito
E muito amor no coração,
Buscarei um dia devolver
Esse amor que não posso ter,
Transformado, talvez, em canção.

Creio que nada nessa vida
Vai fazer eu lhe esquecer,
Pois um amor de verdade
Com carinho e sinceridade
Sempre haverá de permanecer.
O que hoje me faz falta
É aquela cumplicidade,
Uma dor que me maltrata
Sem mais ter felicidade.

Nessa vida não há nada,
Muito menos outro alguém
Que possa me fazer mais feliz.
Posso garantir que não tem
Um amor maior que o meu,
Por isso digo e sei que eu
Só com ela me sentia bem.

Os seus olhos tinham a luz
Que iluminava minha vida,
Nos seus lábios a quentura
De uma boca tenra, aquecida.
Assim eu perdia a razão,
Sendo movido por uma paixão
Que a fazia ser minha querida.

Um amor tão grande assim,
Uma paixão quase alucinada,
Quando estava junto a ela
O resto nada significava.
Foram momentos tão bonitos
Que marcaram cada instante,
Fizeram minha vida abençoada
E deixou tudo mais radiante.
Claro, aceso como a luz,
Logo eu sei o quanto a amei,
Amor que não mais me conduz.
 


                                                               Continua...

 

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