sábado, 21 de janeiro de 2017

O FUTURO DA NAÇÃO - MEU 50º TEXTO ACADÊMICO AQUI PUBLICADO

                         
                      O FUTURO DA NAÇÃO

    Histórias de menores abandonados que acabam se transformando em jovens delinquentes e em pequenos marginais, isso a gente vê todos os dias, nos noticiários, nas rádios, na TV. Um assunto que já virou, inclusive, algo bastante normal aos olhos de muita gente, num mundo onde o capitalismo selvagem predomina e as pessoas vivem preocupadas apenas em garantir a conservação de seus patrimônios. Em se tratando de Brasil, esse assunto é bem mais complexo do que parece.
Mas o que pode levar uma criança ou um adolescente a praticar atos ilícitos? Até aonde vai a responsabilidade da família e do Estado?
Por certo ninguém acredita que uma criança seja realmente capaz de cometer crimes porque gosta. Deve haver talvez, uma força maior que os impulsione ou que os atraia, de certa forma, para o mundo do crime, da violência, embora existam leis e direitos que lhes assistam e os quais são assegurados pela Constituição. Sendo assim, então por que essa realidade se apresenta de maneira tão assustadora?
Desamparados e rejeitados pela própria família, muitos deles acabam enxergando a rua como uma tábua de salvação. E é nela, portanto, onde muitos deles, inevitavelmente, deparam-se com o submundo da delinquência e as suas deploráveis formas de convívio. Começam com pequenos furtos ou mesmo se prostituindo, principalmente as meninas, depois partem para roubos maiores e consequentemente, o assombroso universo das drogas.
Por incrível que pareça, não há uma política pública eficiente e que possa frear essa situação, nem a longo prazo. Como diria o Padre Zezinho, “...vivem à margem da nossa nação assaltando e ferindo quem passa, tentam gritar do seu jeito infeliz que o país os deixou na desgraça...” Um problema que deveria ser corrigido na base, com investimentos maciços em Educação, Cultura e Lazer para as nossas crianças e jovens. Infelizmente, vivemos num país mergulhado na corrupção, onde os políticos, em geral, se beneficiam com suas próprias leis. Não há, nesse caso, qualquer interesse em resolver essa questão. Entra ano e sai ano e a situação só piora.
Toda criança sonha em ser feliz, seja ela rica ou pobre. Para tanto, necessita de todo amparo possível. Seja das leis constitucionais que regem nosso país, dos recursos oferecidos pelo Estado, pelas ONGs, bem como da eficácia da Educação e Saúde em suas vidas. Mas principalmente, do apoio incondicional de uma família estruturada, a base sólida de todo lar. Somente resolvendo esses problemas primários é que se pode pensar a longo prazo, almejando alguma esperança para esses pequenos. Investimento em escolas para gerar uma sociedade pensante e digna é imprescindível. Afinal, alguém já disse uma vez que, cada escola que se abre é uma cadeia que se fecha

                                                                                     Paulo A. Vieira, 2010


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