quinta-feira, 2 de agosto de 2018

PROCURA-SE UM POBRE HUMILDE...


Já se foi o tempo em que pobreza era sinônimo de humildade...

     Aliás, confundir pobreza com humildade ainda é algo muito comum nos dias atuais. Entretanto, o que mais se vê hoje em dia é pobre "enxerido" querendo se passar por rico, seja na maneira de se vestir, de se comportar, ou mesmo ao "tirar onda" em lugares que se encontram bem distantes da realidade de seu nível social. Mas, sobretudo, o pobre extrapola mesmo é na hora de decorar sua casa, adquirindo certos bens compatíveis somente ao padrão de vida do rico. Lembrando que nem todo pobre é humilde, assim como nem todo humilde é pobre.
     O problema é que o nosso modelo econômico atual fornece essa ilusão ao pobre, permitindo-lhes a compra de um objeto em prestações a perder de vista. A consequência disto, como já sabemos, é ver o nome de tanta gente ir parar no PROCON, SERASA... comprometendo o seu crédito e em muitos casos, o de familiares e vizinhos. Pobre agora sofre, na maioria das vezes, porque mesmo procura. Afirmo isso com muita propriedade, convivendo com essa classe desde que nasci, rsrsrs...
     O melhor exemplo de ostentação e de falta de humildade que se vê agora é o fato de um sujeito ignorante (de pai, mãe e parteira), assalariado ou biscateiro, pobre de fazer raiva e que por vezes, vive até de aluguel com a família (sustentada pelas diversas Bolsas Rendas que recebe...), mas que, mesmo assim, não hesita ao comprar um carro velho caindo aos pedaços e em seguida, instalar uma aparelhagem de som (muitas vezes, roubada) no porta malas.
      No momento, isso é tudo o que ele passa a ter na sua vida miserável: Falta de educação e de respeito para com o próximo, vizinhos em especial, e uma lata velha barulhenta, difundindo músicas horríveis pelo ar. Uma perfeita fossa ambulante. Ao contrário da personagem do Zorra Total, ISSO É A CARA DA POBREZA!


   Texto antigo que escrevi e que encontrei pelo Facebook. Agora editado, com umas 'pinceladas' do amigo Jogon Santos, do Recanto das Letras.



Um comentário:

  1. Como se diz por aí, seria cômico se não fosse trágico.

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