Devido os inúmeros regionalismos espalhados por todo o Brasil, pessoas
de várias localidades e classes sociais, muitas vezes, não sabem fazer a
distinção de nomes entre alguns pratos derivados do milho.
Entra, portanto, nessa demanda gastronômica em nível nacional, o mungunzá (ou manguzá) e/ou canjica, angu
de milho verde e/ou curau, angu de milho seco triturado (xerém) e/ou polenta. Uma vez que pessoas de todas as regiões brasileiras
consomem essas deliciosas iguarias e, onde na maioria das vezes, confundem os
seus nomes. Entretanto, há algumas diferenças e relações consideráveis entre eles.
Outro
dia, ao ver a filha do Silvio Santos não saber a diferença entre canjica e curau,
isso tão logo me motivou a organizar este artigo, onde pesquisei na internet e
utilizei também o que sabia por experiência.
Nos
Estados da região Nordeste, por exemplo, podemos encontrar o MUNGUNZÁ OU CANJICA. É um prato tipicamente brasileiro e caracteristicamente
caipira. Versátil, é feito a partir de grãos de milho que podem ser combinados
com leite de coco, leite condensado, canela, paçoca, raspas de coco, cravo,
etc. Por ser quentinho e mais liquefeito, ele lembra um creme ou sopa, e é a
cara do inverno.
Porém, é alvo de muitas dúvidas. Isso porque a iguaria pode vir a ser
branca ou amarela. E elas não são iguais, apesar de terem praticamente o mesmo
sabor. Na maior parte do Brasil, o milho branco e o amarelo são igualmente
chamados de canjica. Já no Nordeste, existe o mungunzá. O mungunzá é a
preparação com o milho branco, enquanto a chamada canjica é amarela, bem semelhante
ao angu de milho seco
triturado (xerém).
Por sua vez, temos o ANGU DE MILHO VERDE OU CURAU,
que é preparado com o
milho verde ralado. É um prato encontrado apenas na versão doce e tem
consistência parecida com a de um mingau bem espesso. O segredo de como fazer um
delicioso angu de milho verde, alguns moradores da região Nordeste dominam
muito bem. Afinal, essa é mais uma delícia que é a cara dessa parte do Brasil.
Por lá, essa receita é erroneamente conhecida por muitos como canjica. Mas isso
também já foi esclarecido aqui...
O angu de milho verde ou curau é uma receita típica de
festa junina e julina, mas pode ser consumido em qualquer época do ano. Possui
muitos benefícios para o organismo, pois tem uma grande concentração de ferro,
fósforo, potássio, vitaminas e nutrientes anti-inflamatórios. Um sucesso
absoluto!
Por fim, temos o ANGU DE MILHO SECO TRITURADO
(XERÉM) OU POLENTA. Posso
assegurar que também são a mesma coisa, variando apenas os nomes conforme a
região. Aqui no Brasil, é comida tradicional na região Nordeste, onde
o prato é feito com grãos de milho seco quebrados no pilão, cozidos na água e
sal. Também conhecido como "arroz de pobre", é servido com leite ou
acompanhado de galinha guisada ou carne assada.
É também muito popular em Minas Gerais, porém não com
o nome de "xerém" e sim, de "canjiquinha", nome dado tanto
ao milho quebrado que é o ingrediente básico do prato (conhecido como
"quirera de milho" em São Paulo e outros Estados) quanto ao cozido
propriamente dito. Tradicionalmente, a canjiquinha mineira é cozida com
costelinha de porco, havendo ainda variações bem menos comuns com outros cortes
de porco, com galinha, carne bovina ou linguiça.
Este alimento surgiu graças aos bandeirantes e
tropeiros que, em seus alojamentos, utilizavam o mesmo no preparo de angu de
milho e papa, preparado com outras especiarias.
Bom, espero que isso ajude a elucidar algumas dúvidas. E que chegue, quem sabe, aos olhos da Patrícia Abravanel, kkkkkk!
Paulo Seixas e conteúdo da Internet
Sempre confundi esses dois pratos, canjica e curau. A partir de agora, não mais. Obrigada!
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