ESPECIALMENTE PARA QUEM NÃO
LEU...
Há exatamente um ano eu
fiz uma descoberta que me deixou, no mínimo, indignado. Antes fosse somente uma
traição amorosa, algo tão comum nos dias de hoje. Porém, a minha história foi
bem pior, tendo sido, inclusive, transformada por mim em um mini romance. Ou
melhor dizendo, em uma “vingança literária”, kkkk!
Um ano se passou e desde
então, eu dei uma melhorada nesse material, resolvendo, assim, republicá-lo
novamente. Desta vez, coloco-o à disposição, na íntegra, uma postagem um pouco longa, mas
que pode ser lida e acompanhada por capítulos devidamente separados.
Se tiverem estômago,
leiam até o final e vejam até que ponto pode chegar o caráter de uma pessoa.
Utilizando-me
apenas de pronomes e alguns adjetivos desprezíveis (#$@$#%$#), consegui narrar toda uma trajetória
amorosa/sentimental que vivi com certa pessoa, a qual, felizmente, sumiu da
minha vida para sempre. Trata-se, portanto, de uma espécie mais elaborada de
desabafo, onde eu procuro mostrar até que ponto pode chegar a falta de caráter
de alguém. Iniciei
esse texto dois meses antes do fim...
SOBRE ALGUÉM NADA ESPECIAL...
UM MINI ROMANCE DA VIDA REAL - 1ª PARTE
Capítulo I - Quanto tempo perdido...
Por ela eu abria mão de tudo, qualquer coisa que
fosse, pois nada mais me interessava quando estava do seu lado. Eu faltava ao
trabalho, à faculdade, às obrigações do dia a dia... deixava, inclusive, de atender o
meu próprio celular, porque a prioridade era dar atenção a ela, cobrindo-a de
carinho e afeição. Por sua vez, ela nunca abriu mão de nada por mim, por algo
mais insignificante que fosse. Pelo contrário, qualquer bobagem era mais
interessante, mais importante do que eu. Era notório aquele seu egoísmo. E
ainda dizia que me amava...
Se ela tivesse sete chances de me ver na semana,
reservava uma para mim. Era mesmo assim, de uma “generosidade” inigualável
comigo. E o que a infeliz fazia com o restante dos dias, somente Deus e ela é
que sabem. Como se tratavam de encontros escondidos (por imposição dela, claro),
creio que, provavelmente, ela devia hesitar um pouco. Tinha medo, talvez, de
ficar “manjada” na rua, à medida que viesse com mais frequência na minha casa.
Sim, a casa dos meus pais, esse era o único lugar possível onde podíamos nos
encontrar. Nosso refúgio e porto seguro, o ambiente onde ela sentia-se mais
tranquila. Primeiro, porque era bem recebida por todos, e segundo, porque
confiava em mim (infelizmente, nunca pude ser recíproco nessa questão).
Desde que a conheci não me lembro de haver passado um só domingo, feriado ou qualquer outro dia festivo ao seu lado. Como já deixei bem claro, ela me trocava por qualquer coisa, festinhas, passeios com as amigas, baladas... e até por um telefonema. É que os seus “amiguinho(a)s” estavam sempre em primeiro lugar, despertando em mim uma mistura de ciúmes e ódio simultâneos. Essas suas atitudes suspeitas, por si só, já se caracterizavam como uma traição. Fico aqui, imaginando o que ela escondia de mim, as verdadeiras histórias que não me revelava. Tudo bem. O que os olhos não vêem o coração não sente, não é? Pois bem, o problema é que EU NÃO NASCI COM VOCAÇÃO PRA SER CORNO!
Agora eu me pergunto: Se eu não podia contar com sua presença em alguns momentos importantes da minha vida, então pra que ela iria me servir? Reconheço que, por vezes, eu sentia um medo terrível de perdê-la, não gostava nem de pensar nessa possibilidade. E o pior é que eu demonstrava isso. Eu vivia em suas mãos, diga-se de passagem.
De uma pessoa que mente e esconde os fatos, podemos sempre duvidar, sem corrermos o risco de fazer um
pré julgamento ou uma avaliação precipitada. E ela sempre foi assim, uma
mentirosa compulsiva, uma garota possivelmente com algum distúrbio mental, ou
falta de caráter mesmo. Dizia-se religiosa, e que frequentava semanalmente uma
igreja evangélica, embora eu considerasse isso uma blasfêmia perante Deus. Mas
o pior mesmo era ter que suportar o seu vício com o celular, uma
das causas de tanta discussão entre nós,
e um dos principais motivos (creio eu) que
a fez se afastar de mim mais uma vez.
Por não termos nada assumido, nenhum vínculo
que pudesse lembrar um namoro tradicional (apesar de que eu, tantas vezes,
implorei para que ela ficasse comigo de verdade), por isso mesmo, ela sentia-se
livre e no direito de fazer o que bem queria. Para ela não havia limites,
usando sempre aquela máscara de menina ingênua e, para todos os efeitos, livre e desimpedida. Eu
não sei
ao certo o que ela pretendia com aquilo, embora dissesse que não aceitava
galanteios de ninguém. Eu dava-lhe liberdade até demais, respeitando, enfim,
quem não me respeitava.
As ligações recebidas em seu celular eram constantes. Muitos “amigos” solicitando a sua presença, sabe-se lá onde. Sem falar nas mensagens de SMS, algo que ela escondia de mim com fervor. Mas não demorou muito para que eu percebesse que estava sendo passado pra trás dentro do meu próprio lar. Eu ali, completamente apaixonado, sendo traído de alguma maneira por uma garota insensível, sádica. E o que mais me impressionava é que aquilo para ela era tudo muito natural, como se os meus sentimentos não tivessem nenhum significado. Como diria o LIXO MUSICAL que ela escutava, “Cara de santa, mas não engana não...” A sua personalidade era influenciada pela “música” negativa que ouvia.
Capítulo II - Como tudo começou...
Quando a conheci, ela ainda se dizia menor de
idade, mas tinha suas ideias e conceitos já bem definidos. Lembro-me como se
fosse hoje, naquele ônibus... uma aproximação eu diria, um tanto “fácil” demais
para o meu gosto (Isso aconteceu entre os meses finais de 2011). Entre uma
conversa e outra, marcamos de nos encontrar qualquer dia, para nos conhecermos
melhor. Inicialmente eu via aquilo como uma simples amizade, pois não se
passava jamais pela minha cabeça que eu acabaria vivendo um romance com aquela
menina. Porém, na data marcada deste encontro ela não compareceu, vindo a se justificar muito tempo depois. Por volta de março/abril de 2012, quando decidi
participar da política em Queimadas como candidato (que furada!), comecei a
“recrutar” todos os amigos e conhecidos até então, ligando para vários deles,
na intenção de me darem uma força nas urnas. E lá estava o telefone da
mentirosa na minha agenda, para quem eu liguei e me atendeu super bem. Marcamos
então um novo encontro ao qual, desta vez, ela compareceu prontamente (no mesmo
lugar de antes, uma sorveteria na rodoviária velha, em Campina Grande). Precisava mostrar-lhe algumas das minhas
ideias e projetos no meu notebook, e esse foi um bom pretexto pra gente se ver.
Na verdade, ela pouco se importou com o que lhe apresentei. Até por insistência minha, passamos a nos encontrar
por mais vezes. Eu a tratava como uma
princesa, visto que ela se declarava uma garota “virgem”, alguém com quem eu
não ousaria, tão logo, tentar “avançar o sinal”. Nosso primeiro beijo surgiu
quando a levei pra conhecer minha faculdade, à época, no bairro de São José, em
Campina, não muito longe de onde eu moro. Porém, ela acabou se “adaptando”
melhor na minha casa, especificamente no meu quarto, pois se recusava em me
abraçar e me beijar perante os outros. A essa altura, era como se dizia
antigamente: um namoro de adolescentes, um encantamento que depois viraria um
tormento na minha vida. O demônio logo se revelaria... A diferença gritante de idade entre nós não era nenhum empecilho, apesar de eu saber o porquê dela não se incomodar em nada com esse pequeno detalhe. Por se tratar de um romance basicamente escondido, isso também a isentava de qualquer constrangimento. Duvido muito que algum dia ela pretendesse me apresentar a alguém, amigos e familiares, ou simplesmente, andar comigo de mãos dadas. Encontramo-nos dezenas de vezes, durante quase
todo o ano de 2012, o que resultou numa completa dependência minha diante dela.
Cometi a burrice de me apaixonar perdidamente pela pessoa errada, na medida em
que crescia o nosso grau de intimidades. Eu sabia o que estava fazendo, porém
parecia não querer enxergar o óbvio. Mas o pior ainda estava por vir.
Capítulo III - Afastamento e retorno...
Até que, em janeiro deste ano vigente, 2013, ela simplesmente
sumiu, desapareceu da minha vida. Sofri muito com isso, devo admitir, mas decidi não
procurá-la nunca mais. Meu orgulho estava em jogo, e eu não podia me revelar um
fraco. E assim, resolvi tentar tirá-la de vez da minha cabeça, pois sabia que,
mais cedo ou mais tarde, eu acabaria esquecendo-a. Segundo a sabedoria popular, o tempo é o senhor da razão, só ele pode determinar tudo.
No entanto, dia 06 de junho deste ano, ela me
ligou. Até já havia apagado seu número da minha agenda. Ao reconhecer sua voz,
imediatamente eu desliguei, o celular, mas não antes de dar-lhe uns bons esculachos. A partir
daí ela começou a me enviar vários torpedos, implorando por uma volta (Até por
precaução, arquivei essas mensagens no meu celular. Talvez um dia eu
precisasse delas...). Entre elas, perguntava-me se ainda tinha chances comigo,
pois desejava como nunca ser feliz ao meu lado. PQP!
Acontece que eu havia encontrado algumas fotos suas
em um Facebook
(um de tantos que ela possuía), onde ela afirmava ter voltado com o seu ex, um
carinha da igreja e que, provavelmente, fora seu primeiro namorado. Essas
fotos, um tanto atuais, foram postadas em novembro/dezembro do ano passado. O
que, naturalmente, comprovavam uma traição. É constrangedor para mim ter que
admitir isso, o fato de eu ter sido traído assim, dessa maneira, mas com uma
ressalva: Eu nunca confiei plenamente nela, algo que sempre procurei deixar bem
claro. Sobre essas fotografias, ela sempre me negou qualquer explicação. E
ainda me veio com uma desculpa esfarrapada de que precisava se “vingar” desse seu
ex e por isso, precisou se afastar de mim para não ter que me trair. Maldita.
Até hoje nunca procurei entender nada disso.
O fato é que, durante esse afastamento, ela procurou
saber de tudo a meu respeito, inclusive que eu estava sozinho (pra variar). E assim
resolveu infernizar a minha vidinha metódica mais uma vez, dizendo-se uma
pessoa completamente mudada. Putz! O pior foi ter que engolir tudo isso e
aceitá-la de volta, pois já não me aguentava de tanta saudade daquela
desgraçada.
Capítulo IV - Uma nova chance de sofrer...
No início foi até bom, ela se mostrava
realmente esforçada em mudar, agraciando-me com atitudes um tanto “maduras”, alimentando
em mim todo e qualquer desejo contido. Tinha dias que tava mais carinhosa
comigo, outros nem tanto. Eu a desejava por demais. Acabou-se então o mês de junho, julho, entrou agosto. E aquele
seu celular maldito sempre insistia em tocar quando estávamos juntos (com
toques bem discutíveis). Ela então me largava e parava pra atender, qualquer
chamado que fosse, o que acabava ocasionando sérias brigas, no mínimo, uma DR. Diante dessas
circunstâncias, tão logo eu iria ter que optar: ou ela ou a minha saúde.
Reunindo o restinho de dignidade que ainda me
sobrara, por duas vezes decidi terminar com tudo, já que ela não me ouvia mais
e tampouco, iria querer me assumir um dia como namorado. Mas ela sempre dava um
jeito de contornar a situação, e acabava me convencendo a continuar. Volto a
repetir aquele ditado, o que os olhos não vêem o coração não sente...
Cheguei ao ponto de ter que bloquear o seu Facebook
“oficial” do meu, um dos únicos contatos que tínhamos, pois já não suportava mais
ver tanto sujeito “cantando” a garota que eu amava. É que ela dava motivos para
isso. Nas últimas semanas, eu também já nem ligava mais para ela, pois quase
sempre o seu requisitado celular estava ocupado. E aquilo me irritava por
demais. Eu apenas retornava as suas poucas ligações à cobrar, onde geralmente
era para me pedir alguma coisa. As 24 horas do dia eram poucas para ela no
celular.
Se eu a
encontrasse na rua, por acaso, sua atenção redobrava, pois
ficava preocupada com as minhas atitudes, com as minhas palavras. Inclusive, eu procurava
nem andar do seu lado, visto que não podia mesmo demonstrar qualquer forma de
carinho, de afago, como um simples abraço. Entretanto, eu tinha que aturar os
olhares cruzados para ela, de homens visivelmente com segundas intenções. Ela parecia
querer me provocar, sempre, desmanchando-se em simpatia para todos.
Capítulo V - Anotando pra não esquecer...
Hoje, dia 13 de agosto/ 2013, resolvi parar um
pouco e tentar escrever este desabafo. Já faz alguns dias que ela sumiu
novamente, e agora sem volta, já que eu ameacei contar esse nosso caso para
certa pessoa (sua irmã mais velha), caso ela me deixasse e tentasse voltar. Não
vou permitir que ela bagunce de novo a minha vida. Como já lhe disse um dia, é melhor
sofrer de uma só vez do que parcelado, como era ao seu lado.
Após qualquer discussão nossa, eu sempre lhe
perguntava: Afinal, o que queres e o que sentes por mim? Ela então me
respondia, invariavelmente, com um beijo acalorado, e eu acabava entendendo
aquilo como sendo uma resposta. O tempo foi passando, a gente já não se
entendia mais e, enfim, não deu. Era muita concorrência pro meu gosto. Só sei que a
amava muito e que aquilo era mais do que uma mera paixão. Era algo que doía em
mim por dentro, que queimava em meu peito. Eu vivia pra ela e por ela, e isso é
tudo o que eu posso dizer. Mas nem por isso, nunca admiti o fato de ter que
dividi-la com ninguém.
Se ela realmente me traiu mais uma vez,
fisicamente falando, deixarei por conta de sua consciência. Da minha parte, nunca
tive nada o que esconder dela. Inclusive, durante todo esse tempo, abstive-me sexualmente por amor a ela, um gesto
de carinho e dedicação que somente eu entendia. Jamais olhei para outra mulher
enquanto estivemos juntos, nesse nosso “fica” constante que durou, ao todo, mais
de um ano. Para meu alívio, não costumo conviver com culpas ou arrependimentos.
Tenho certeza de que lhe ensinei muita coisa
boa, transmitido-lhe algumas experiências minhas e alertando-a de todos os perigos possíveis dessa vida, numa tentativa inútil e
desesperada de afastá-la daquilo que não prestava, das coisas fúteis que ela
praticava e que só viriam a prejudicá-la depois. Mas a sua cabecinha ingênua
parece que nunca absorveu nada do que eu disse durante todo esse tempo.
Capítulo VI - Um “guia de convivência"...
Cerca de um mês atrás, senti-me obrigado a
estabelecer algumas regras de convivência entre nós, “impondo-lhe” também
aquilo que denominei de
OS 10 MANDAMENTOS DO BOM RELACIONAMENTO
1 – Não mentir,
jamais.
(Minta para mim somente
quando eu mentir para você)
2 – Não me esconder, nem omitir algo que seja do meu interesse.
Jogar limpo.
3 – Não atender
celular enquanto estivermos juntos, principalmente em horário impróprio. Salvo
algum telefonema importante.
4 – Não trazer pra esta casa músicas torpes, que mais
combinam com prostitutas.
5 – Pontualidade nos compromissos, sempre.
6 – Sua vida social, seus amigos, especialmente homens, não
me interessam.
7 – Não me prometer, NUNCA,
aquilo que você já sabe de antemão que não vai poder cumprir.
8 – Não iniciar comigo NADA que você não queira terminar...
9 – Sem brincadeiras de mau gosto, do tipo tapinhas na cara,
arranhões e outras.
10 – Estar sempre
aberta para dizer o que pensa, mesmo que seja pra acabar com esse nosso romance
escondido.
Enfim,
de nada isso adiantou. Por incrível que pareça, ela não cumpriu absolutamente nada
do que leu, até por pirraça. Ela não era do tipo que gostasse de dar qualquer
satisfação dos seus atos. E quando dava, geralmente era mentira. Uma pobre coitada!
Vai sofrer muito ainda nessa vida. Ela se acha auto-suficiente demais para não
precisar sequer de um conselho de alguém. Se tivesse, ao menos, um pouco mais de conhecimento, jamais iria pensar desse jeito.
Disse-lhe certa vez que nenhum rapaz sério como eu, com
o qual ela pretendesse namorar, um dia, iria aceitar 1% das humilhações que ela me
fez passar. Mentiu demais pra mim, me desrespeitou, ultrapassando todos os limites permitidos.
Fez-me sofrer muito. Mas acabou, felizmente.
Aquela menina egoísta que um dia conheci,
narcisista por natureza, e que sempre afirmou não confiar nos homens (suas
companhias erradas parecem não contar), só soube o que foi sofrer, de verdade,
quando no ano passado perdeu um ente querido, sua mãe. E isso foi algo que só pude mesmo acompanhar
à distância (eu era proibido de manter contato com os seus familiares. Com
exceção da cidade, até hoje eu não sei sequer onde fica a rua onde ela mora).
Fora isso, afirmo com toda convicção que não há mais ninguém nesse mundo com
quem ela possa se preocupar. Ela não ama ninguém. Pelo contrário, ela se ama
exageradamente.
Há uma frase que diz assim: “Amor não
correspondido vai virando tudo em deserto...”
É dessa forma que enxergo a inutilidade dos meus sentimentos para com
ela. Quanto tempo perdido... E somente agora consigo parar e perceber isso melhor.
Antes tarde do que nunca! Melhor mesmo é pensar no meu TCC, na conclusão do meu Curso e,
depois, encontrar uma mulher que mereça os meus sentimentos mais puros e
verdadeiros. E que estes não venham a ser jogados no lixo mais uma vez.
“...O ódio não é o real,
é a ausência do amor!” (Raul Seixas)
Capítulo VII - O pesadelo persiste...
Dois dias após haver escrito este desabafo, e
contradizendo muita coisa do que disse, EU resolvi ligar para ela. Precisava saber, de alguma forma,
o que tinha acontecido desta vez. Pra minha surpresa,
ela me atendeu como se nada tivesse
acontecido, porém não me explicando o motivo do desaparecimento. No dia seguinte veio na
minha casa, onde a recebi com uma falsa história de traição que
eu havia cometido, algo que eu já vinha prometendo fazer seriamente há um bom tempo. Queria
testar os seus sentimentos para comigo. Contei-lhe então que havia ficado com outra garota, mesmo quando ainda tava com ela. E que eu, ao contrário dela, faço as coisas e assumo. Ao ouvir o que falei, ela então chorou (lágrimas de crocodilo? Vai
saber...), disse que ia embora pra sempre e que eu não tentasse impedi-la. E
assim, a segurei fortemente pelos braços, beijei-lhe calorosamente e... mas isso é uma outra
história, parte de um relacionamento doentio fadado ao fracasso e que já estava com os dias contados.
...
SOBRE ALGUÉM NADA ESPECIAL...
UM MINI ROMANCE DA
VIDA REAL - 2ª PARTE
Capítulo final
No início de outubro deste ano, finalmente veio à tona o
motivo de tantas mentiras. Um grande mistério fora (quase por acaso) desvendado,
embora tardiamente. Através de outro Facebook - um aliado e opositor ao mesmo
tempo -, e juntamente com o olhar atento de uma sobrinha, descobri que a
vigarista com quem dividi alguns momentos da minha vida, na verdade era NOIVA do tal rapaz da igreja, do qual já falara aqui antes. Além
de outros “biscates” por fora, algo que ela comprovadamente ainda cometia.
Sim, afirmo isto sem receio algum de cometer
crime, seja por injúria ou até mesmo por difamação. Procurei investigá-la ao máximo,
como nunca havia feito antes e acabei descobrindo que ela mantinha esse noivado
à distância, namorava comigo à surdina e, além disso, ainda se relacionava (não sei até
que ponto) com uns três caras ou mais. Busquei nomes, levantei provas, embora
ela tentasse, de maneira desesperada, negar tais evidências.
Dessa forma, tudo passou a fazer sentido pra
mim, os sumiços repentinos, as suas armações, todas as contradições... e até
aquela aliança de noivado que a “vagaba” passou a usar de uns tempos pra cá,
fazendo-me crer que era apenas para inibir qualquer pretenso paquera, uma vez que não podia
declarar que estava comigo. Sem falar da falsa história dos empregos que ela
dizia arranjar, apenas mais um pretexto para me ludibriar e me colocar fora de
ação.
Nem me surpreendi tanto assim, da mesma forma
que investiguei e acabei descobrindo também que ela - pasmem! - tinha três anos a mais. Enganou-me o tempo todo até com
a própria idade. Bandida! Sorte dela eu não ser um cara violento, intolerante, pois
outro certamente a teria espancado e quebrado os seus dentes. Descobri ainda
que a dita cuja nunca agia sozinha. Suas tramas eram quase sempre compactuadas com
uma cúmplice, uma amiga sua de infância e a qual não deixei de fora dessa
história sórdida. Dei um jeito de acabar em definitivo com a
amizade/cumplicidade das duas.
Pelo que pude constatar até então, havia uma
verdade em meio a isso tudo: moralmente ela já não podia mais considerar-se uma
garota virgem, apesar de que buscou fundamentar sua defesa justamente nisso, em
seu próprio conceito (físico) acerca de virgindade. Inclusive, até cogitou em fazer exames clínicos para poder comprovar,
enfim, a sua “pureza e inocência”. A falta de caráter e de remorso eram de fato
as suas principais características. Confesso que nunca transamos (não da
maneira convencional...), e que realmente nunca chegamos às “vias de fato”,
ainda que não tenham faltado oportunidades para tal. Isto, e apenas isto,
repito, era uma coisa que ela desejava realizar somente depois de casada,com a "benção de Deus", e
obviamente que não seria comigo.
Por fim, tudo foi esclarecido e muita coisa foi
desvendada. A princípio, decidi que não contaria nada para ninguém,
principalmente para o pobre noivo, até porque a sujeita prometeu que se mataria
se eu assim o fizesse. Naturalmente fiquei com medo. Embora que, na ânsia de fazer
justiça, acabei me precipitando no ato da descoberta, havendo deixado algumas
pistas no Facebook do rapaz, e até no de seus familiares (ela me forçou a isso,
indiretamente), algo que procurei desmentir logo em seguida, mesmo a contragosto.
A verdade é que eu não pude suportar aquela cena tão deprimente, de ver a garota que eu tanto
amei numa situação tão triste e, ao mesmo tempo, tão constrangedora,
humilhando-se aos meus pés, literalmente, implorando para que eu não
“estragasse a sua vida”. A minha vida, no entanto, jamais significou nada pra
ela...
Diante disso, percebi que ela tinha um vínculo
muito forte com a família do noivo. Por serem evangélicos, gente super do bem, há
muito eles a enxergavam como uma "fiel serva de Deus", o que acabou me comovendo
a ponto de deixá-la em paz. Para
tanto, fiz um pacto com ela e com a sua irmã, de forma que deixaria tudo como
estava. Bastaria apenas que ela se comportasse e passasse a andar na linha. Não
foi exatamente isso o que aconteceu.
Alguns dias depois, alguém mais que sabia do
acontecido e que não se conformava com o abafamento do caso, se encarregou de revelar tudo ao jovem noivo sobre essas traições (através de torpedos via SMS, segundo ele), uma vez que a moçoila não
parou de “experimentar” novas sensações. Tão logo soube desse fato, em seguida ele me telefonou e me procurou para
conversarmos.
Esse nosso encontro marcado se deu no Bar e
Churrascaria Paulistano, bem próximo de onde moro. Eu sabia que o diálogo seria
tenso e por isso mesmo, busquei não levar esse problema até os meus pais. Mas o
pior foi vê-lo chegar acompanhado da fulana e de uma amiga dela, as quais não
permiti, de maneira alguma, que participassem da conversa. A intenção da
ordinária era simplesmente interferir na minha fala e tentar amenizar sua situação,
que a essa altura, não era das melhores.
Visto que o rapaz se encontrava alterado, visivelmente
transtornado (e com toda razão), abri logo o jogo e contei-lhe tudo o que
desejava saber, alegando que fomos igualmente enganados. Mostrei-lhe também algumas
das mensagens de celular que ela havia me mandado ao longo desse tempo, as
quais eu havia guardado imaginando um desfecho semelhante. Ele exigia provas, mas ao
mesmo tempo, parecia não querer acreditar naquilo tudo. Foi uma situação horrível para os dois. Disse-lhe
ainda que se não pudéssemos ser amigos, também não precisávamos nos tornar
inimigos.
Agora percebo que a ficha caiu de vez. Nada
mais será como antes. É como se tudo houvesse sido profetizado, sei lá. Quando ela resolveu aparecer na minha casa logo pela manhã, naquele bendito dia
6 de outubro, primeiro domingo do mês (algo que nunca tinha feito antes), eu
senti que alguma coisa estranha estava pra acontecer. Meu pressentimento nunca falha nesse sentido. Eu havia dito que estaria sozinho em
casa e que lhe presentearia com uma bela surpresa, por isso ela apareceu. O
curioso é que ela já chegou dizendo que aquele seria o nosso último encontro, o
nosso último “fica”, sem poder imaginar que no dia seguinte eu iria descobrir toda a sua farsa. Enfim, morreria negando que ainda tentei convencê-la a ficar comigo, enfrentando a tudo e a todos. Esse seria um erro fatal do qual tão logo me arrependeria.
...
Hoje, sábado, dia 28 de dezembro de 2013. Não
faço a mínima ideia de onde ela se encontra, ou com quem está nesse momento. Se
o noivo a aceitou de volta, isso eu sequer procurei saber. Só sei de mim, e isso é o que me basta. Realmente é como diz o ditado popular: melhor estar só do que mal
acompanhado.
"... porque quando eu jurei meu amor, eu traí a mim mesmo. Hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez."
(Raul Seixas)
Gostei de rever essa postagem, até porque também participei nas descobertas, kkkkkkk
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